Os 13 anos sem o Brasileiro (por Paulo-Roberto Andel)

Há quem realmente acredite que o Fluminense se tornou uma máquina de ganhar títulos nós quase sete anos da gestão MaBi.

Honestamente, trata-se do exercício de um delírio. Bastaria comparar com o Palmeiras e nosso rival da Gávea.

O bicampeonato carioca, mesmo menor do que antes, bem menor, tem seu valor afetivo e charme. A sonhada Libertadores veio, mas desacreditada pelo próprio clube ao explicar em carta um de seus inexplicáveis balanços.

Ah, tem a Recopa. Ok. Dois jogos contra a LDU.

Nos últimos cinco anos, tivemos o maior aporte de recursos financeiros da história do Fluminense. E o que aconteceu? Não nos firmamos entre os grandes players do futebol brasileiro, nem reduzimos nossa dívida bilionária – pelo contrário, só aumenta a cada nova perebada.

Ainda tem muita gente comemorando o empate na Fonte Nova. Foi um jogão, dos melhores do ano, merece todas as loas. Mas será que foi apenas isso, um sábado glorioso no calendário tricolor?

Não.

Pouca gente se deu conta de que o jogo contra o Bahia pode ter significado o fim do sonho do Brasileirão. Aliás, que sonho? Desde o virtuoso 2012, o Fluminense não passa de figurante na principal competição nacional.

Ainda estamos na Copa do Brasil, que não vencemos desde 2007.

Amanhã tem Sul-americana, que nunca vencemos.

E justamente agora, em tempos de disputa eleitoral, é preciso despertarmos para a realidade dos fatos. A Libertadores 2023 é uma página eterna da história do clube, mas não é a única – e nem pode servir de muleta para as barbaridades que sua atual gestão pratica deliberadamente.

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