Depois de um respiro no meio de semana pela Copa do Brasil, onde vencemos o Inter, o mesmo adversário que havíamos derrotado pela última vez no Brasileirão, foi a vez de enfrentar o clube do coração do treinador Renato Portaluppi, diante de pouco mais de quinze mil pessoas no Maracanã, relembrando o período dos ‘quinze mil de sempre’. Espero que tenha sido caso isolado.

A equipe, antes de vencer o Colorado no meio de semana, vinha de cinco derrotas seguidas, para o Chelsea na Copa do Mundo, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras e São Paulo pela Liga mais importante das Américas, o antes metamorfo Campeonato Brasileiro, hoje engessado nos pontos corridos, com partidas de ida e volta contra todas as demais dezenove.

Sem sermos importantes no certame desde 2012, quando fomos os campeões, colecionamos fracassos e até um rebaixamento em 2013, em que fomos salvos pelo Flamengo ter descumprido o regulamento e escalado André Santos de forma irregular, o que o faria ser rebaixado em nossa vaga, mas por uma incrível coincidência, quase transcendental, a Portuguesa no dia seguinte, emulando sofrer um acordo, repetiu a mesma pantomima do queridão, lançando a campo Héverton, jogador que nunca mais se ouviu falar.

Nesta temível noite fria no Rio de Janeiro, sabendo que parte menos pobre da população vivendo seus dias mais ricos, após receber seus ordenados de início de mês (ou fim), muitas concorrências para disputar a atenção de toda a gente para o que aconteceria no bairro vizinho à UERJ, local onde formamos novos exércitos de desempregados no porvir.

Os comandados de Renato fizeram excelente primeiro tempo, quem sabe motivados pelo mandatário Mário e sua trupe que vive no vestiário buscando chamar atenção dos jogadores antes das partidas, culminando com um gol perto do fim dele, em lance de rebote em que Guga, improvisado de lateral esquerdo, mandou de cabeça para que Everaldo, de primeira, deslocasse Volpi para marcar o único gol da noite.

O Grêmio de Mano Menezes (sem o qual talvez não estivéssemos nesta divisão) retornou bem melhor na segunda etapa, conseguindo imprimir ritmo e criar chances contra um Fluminense já tentando segurar o resultado e, vez ou outra, tentando sair das trincheiras para tentar alguma coisa.

A partida se resumiu em baixa qualidade técnica de lado a lado, tendo apenas uma emoção na segunda etapa, um pênalti que precisou que o VAR marcasse para o árbitro que não percebeu o chute na canela que Dodi aplicou em Canobbio, em lance que retomaria a posse dentro da área.

Um pequeno concílio se deu para ver quem bateria o penal, pois Ganso, batedor oficial, fora substituído minutos antes para entrada de Lima, contexto de Portaluppi, Bertolucci e Bittencourt. Everaldo teve o alvitre em seu favor para tentar dilatar o placar.

Correu pra bola, entortou o quadril e perdeu, fazendo a bola bater na trave pelo lado de fora. No lance, Thiago Volpi pulou para o lado contrário.

O desperdício deu novo ânimo ao outrora abatido e conformado Grêmio. Depois do lance, assistimos pressão total dos gaúchos, mesmo que compostos por gente de toda natureza ou nacionalidade vestindo a pilcha tricolor dos pampas.

Pressão que não resultou em mais que pequenos soluços de sustos.

Nota triste foi a possível lesão sentida por Thiago Silva ao chutar a bola já no final da partida. Na torcida para que não tenha sido grave, pois se somos ruins com ele, quem dirá sem ele.

Everaldo fez boa partida, marcou seu terceiro gol em dois jogos (os dois da vitória sobre o Inter foram dele), mas não deixa de ser o mesmo Everaldo que enverga números bem tímidos para um camisa nove.

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FLUMINENSE 1 x 0 GRÊMIO
Campeonato Brasileiro – 18ª Rodada
Maracanã – Rio de Janeiro/RJ
Sábado, 02/08/2025 – 21:00h (Brasília)
Renda: R$ 692.951,50
Público: 17.015 pessoas presentes

Arbitragem: Lucas Paulo Torezin. Assistentes: Rafael Trombeta e Andrey Luiz de Freitas. Quarto Árbitro: Luciano da Silva Miranda Filho.
Cartões Amarelos: Samuel Xavier 85’ (FLUMINENSE); Lucas Esteves 38’, João Lucas 45’+3’, Walter Kannemann 90’+4’ (GRÊMIO)

Gol: Everaldo 44’ (FLUMINENSE)

FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier, 3-Thiago Silva©, 26-Manoel e 23-Guga; 35-Hércules (29-Thiago Santos 46’), 8-Martinelli e 10-Ganso (45-Lima 66’); 11-Keno (17-Agustín Canobbio 66’), 90-Kevin Serna (28-Riquelme Felipe 84’) e 9-Everaldo (14-Germán Cano 84’). Téc.: Renato Portaluppi. 4-3-3

GRÊMIO: 1-Thiago Volpi; 2-João Lucas (15-Camilo 46’), 3-Wagner Leonardo, 4-Walter Kannemann e 25-Lucas Esteves; 20-Mathias Villasanti (8-Edenilson 46’), 17-Dodi, 47-Alysson (40-Jardiel 84’), 7-Cristian Pavón (10-Franco Cristaldo 66’) e 65-Riquelme (16-Alexander Aravena 66’); 22-Martin Braithwaite. Téc.: Mano Menezes. 4-2-3-1