Tudo passa rápido demais, mas não restam dúvidas: fizemos mais do que barulho. Som, na verdade. Sound & vision.
Já são mais de 1.000 vídeos, 20.000 páginas sobre o Fluminense em colunas, 400 jogos transmitidos, 700 podcasts e 1.000 lives. É o maior conteúdo de produção própria de um veículo sobre um time de futebol no Brasil. Ah, e somando todos os autores que estão ou passaram pela casa, anote aí mais de 40 livros sobre o Flu (vários de graça em versão digital, outros a caminho). Tá bom, né? Todo dia, de janeiro a dezembro, com folguinhas.
A tecnologia pode ser nova, mas o custeio é à moda antiga. Vaquinha pra pagar as contas, uma luta para fazer qualquer coisa. Mais do que um trabalho voluntário, ainda colocamos do próprio bolso para que funcione. Ok, é bem melhor do que se corromper com dirigente ou pendurar melancias na cabeça etc.
Nestes 13 anos, o PANORAMA viveu tudo: gente boa e ruim, amores e ódios, lealdades e traições. Ficou quem tinha que ficar, saiu quem tinha que sair, todos deixaram e deixam suas contribuições, há saudades ou não. O conteúdo é admirável e será estudado no futuro em pesquisas históricas sobre o Fluminense. E quanta gente não publicou pela primeira vez na vida pelas nossas colunas, hein?
Somos um time. Na verdade, mais parecemos uma banda onde cada integrante é um músico. E diariamente vivemos a surpresa, porque como tudo é espontâneo, ninguém sabe o que o outro publicará ou dirá (isso lembra as bandas de Charlie Mingus no estúdio). Sim, há um comando e um núcleo duro, mas todos da casa podem atestar a liberdade de atuação.
Depois de 13 anos, muita gente não nos conhece e muita gente conhece. Nunca pretendemos ser campeões de audiência, mas sim de originalidade e criatividade – e conseguimos com sobras. Há um milhãozinho que nos espia no Facebook.
Dirão os religiosos: o futuro a Deus pertence. Não temos planos definidos, não sabemos até onde ir, nem caminhos a seguir. O fato é: não viemos para ser cópia e até aqui, fizemos coisas paca, com autenticidade, dignidade e ética.
Vamos ver no que dá.
@p.r. andel