Botafogo 2 x 0 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o clássico da noite desse sábado tem nuances. A vitória do Botafogo foi justa e merecida, mas isso não exclui a responsabilidade da arbitragem de oferecer ao espetáculo um trabalho honesto, ainda que a precisão seja mesmo, e apesar do VAR, quase impossível.

Se alguém disser que Arias não sofreu pênalti no lance que precedeu o segundo gol do Botafogo, a única coisa que eu posso dizer é que se trata de uma pessoa desonesta. É o que se diz de alguém que ignora os fatos em nome de seus próprios interesses. Arias recebeu a carga nas costas, de forma inequívoca, dentro da área. O que aconteceu com o Fluminense nesse clássico, portanto, tem o nome de canalhice.

Tirando isso, o primeiro tempo do Fluminense foi vergonhoso e indigno. Um time passivo, que se limitou a se defender, se livrando da bola, fazendo ligações diretas inúteis e devolvendo bolas para o adversário.

Contrariando o que vínhamos vendo desse time, que nos inspirava ambições maiores do que isso que vimos neste sábado.

Se o primeiro tempo terminou com derrota de 1 a 0, diante de um adversário que vem tropeçando, apesar dos feitos do ano passado, em suas próprias pernas, isso foi razão para comemorações e novas aspirações. E o Fluminense voltou para o segundo tempo sem mudanças de peças, mas de atitude. A gente sabe que atitude é algo que transforma partidas. Já poderíamos ter empatado o jogo logo no início da segunda etapa, em finalização quase mortal de Bernal.

O problema é que você não pode tirar maior proveito de jogar 45 minutos quando o adversário joga noventa. Mesmo assediado, o Botafogo continuou incomodando nossa defesa na fase final, até, já no apagar das luzes, fazer o segundo gol.

Está incomodando a dependência que o Fluminense tem de Arias. É um tal de pega a bola e dá para o Arias resolver quase insuportável para quem entende de futebol. O cara é um monstro, todos sabemos, mas não pode carregar um time inteiro nas costas. Nenhum time sobrevive a isso. Todos têm que assumir responsabilidades. Sem contar com as ligações diretas aleatórias e inúteis, que só servem para oferecer o controle e o domínio ao adversário.

Derrota trágica, que vai nos afastar da liderança do campeonato ainda mais. Quem acha isso banal, cada um na sua. A minha é ser Fluminense, que é o mesmo que querer o topo a cada segundo. Na vida, eu sou pela cooperação, pela fraternidade. No esporte, só me interessa ser o melhor. Ou, do contrário, eu talvez houvesse escolhido torcer para outro time.

Já são dois resultados determinados pela nova regra da putrefata comissão de arbitragem, segundo a qual pode cortar a cabeça do Jhon Arias dentro da área que não é pênalti. Estamos falando de coisas que poderiam nos dar a liderança do Brasileiro, não é nada banal.

Que o primeiro tempo passivo deste Fluminense
x Botafogo não se repita nunca mais em nossa história, porque isso é indigno para um clube que já teve gente disposta a morrer em campo, como Mano Coelho Neto – que sua memória seja sempre exaltada – e fora dele.

O Fluminense é digno de receber o nosso melhor. A história diz isso em cada entrelinha de cada página. Quem disser o contrário não entendeu a vida.

Saudações Tricolores!

1 Comments

  1. Embora nossa atuação na partida de hoje tenha sido no geral patética, a arbitragem novamente foi decisiva na configuração do resultado (não foi esse mesmo árbitro que na derrota para o Botafogo no Estadual não assinalou pênalti claríssimo no Canobbio?). Mas, até quando o presidente inepto do clube permanecerá omisso, deixando que jogadores e técnicos façam sozinhos nossa defesa institucional? Enquanto isso, o mandatário só se preocupa com pretensões pessoais, desejando apenas ser CEO de possível SAF, em claro e manifesto conflito de interesses, e bajular o presidente da CBF, mesmo o clube sendo prejudicado numa peleja sim e noutra também. Curiosamente, depois das “denúncias” que o presidente do Botafogo levou ao Senado e à CBF, o alvinegro não foi mais prejudicado pela arbitragem. Coincidência ou há algo por trás disso tudo? Por fim, em relação à nossa performance desportiva, desde o…

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