A descalibrada direção tricolor (Editorial)

Justamente numa semana de grande risco para o Fluminense, onde a serenidade seria fundamental, vêm à tona as declarações públicas do vice-presidente Celso Barros, que sugerem desentendimentos com o presidente Mário Bittencourt.

O fato não constitui novidade: enquanto homem forte da ex-investidora Unimed, o vice-presidente foi useiro e vezeiro de arroubos semelhantes. A diferença é que do passado só restou a verborragia.

Depois de longa campanha política, onde o chamado vale-tudo não teve limites, e com virulenta militância nas redes sociais, especialmente do staff de um site de clipping, Celso e Mário chegaram ao poder prometendo um novo Fluminense, pensando grande, garantindo o protagonismo do clube.

Cinco meses depois de eleitos, o que se vê é um Fluminense enfraquecido, ainda mais endividado, com claros inchaços administrativos e, em campo, os resultados pífios que repetem cinco das últimas sete temporadas.

Se a manutenção do ex-treinador Fernando Diniz por diversas rodadas mostrou-se um erro, o reparo com a contratação de Oswaldo de Oliveira foi um completo desastre, reprovado desde o primeiro momento. Marcão, que deveria ser um rápido interino, acabou sendo indevidamente efetivado e agora o Fluminense se encontra em situação muito delicada, enquanto os culpados buscam bodes expiatórios como se já não confiassem na recuperação tricolor.

Espera-se que os dirigentes tenham bom senso e não se exponham em querelas que em nada favorecem o Fluminense por ora. Menos é mais.

Tanto o presidente quanto o vice decidiram os rumos do futebol tricolor em temporadas diferentes, 2015 e 2013 respectivamente. Os resultados finais daqueles anos cabem, ou deveriam caber, como lições definitivas. Pelo visto, não foi o bastante.

Panorama Tricolor

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