Mais uma vez estão tentando detonar a imagem do Fluminense. Não eximo o clube de culpa pelo lamentável episódio da final da Taça GB. Sim, o Tricolor tem a sua parcela, principalmente pelas palavras inadequadas proferidas por seu presidente. Mas que não é, sozinho, o vilão da história, ah, definitivamente não é.

Acho que o Flu deu mais uma de otário do que qualquer outra coisa. Não dá para bater de frente daquela forma com um adversário que dispõe dos préstimos da Federação e do falido consórcio que administra o Maracanã. Que a torcida ocupasse o setor norte e, depois, o clube buscasse os seus direitos. Mas roncar é a tática errada. Sempre foi.

Na verdade, o presidente do Vasco deu essa de espertalhão pressionado por conselheiros do clube. Estes, por sua vez, estavam indignados por, no jogo anterior, ter sido colocado na camisa cruzmaltina uma pequena bandeira do Flamengo (ao lado de uma do Vasco) como homenagem às vitimas da tragédia do Ninho do Urubu. Que espécie de pessoas é essa que fica indignada com uma atitude de total nobreza e humanidade?

Depois, me vem um ridículo afirmar que o Fluminense é o culpado pela confusão ocorrida nos arredores do Maraca, que o presidente do Vasco protegeu seus torcedores… ora, vai tomar no cu! Foi o cara que causou a confusão! Mas como é contra o “time do tapetão”, como os rivais costumam rotular, vale tudo.

Já a escrota da tv Globo ficou do lado do clube que já, de sacanagem, colocou a logo do SBT na camisa numa decisão de Campeonato Brasileiro, sem receber um tostão por isso, só para sacaneá-la. Esquecem-se também as equipes que reportagem que já foram, diversas vezes, atacadas (física e verbalmente) por torcedores da referida agremiação.

O locutor da partida vibrou quando a torcida do Vasco entrou. Aquilo foi um descumprimento de ordem judicial. Deveriam ter colocado no ar também os cantos homofóbicos que um jogador entoou após o apito final.

Conclusão: o Vasco, a Globo e a Odebrecht agora são amiguinhos. Como deve ter ficado feliz o vascaíno Sérgio Cabral. Na cadeia, onde merece permanecer para sempre. Da Ferj, nem preciso falar. Um ninho de cobras que se perpetua ao longo de décadas.

É estranho também como pararam de repercutir a tragédia que vitimou dez crianças nos containers do Ninho do Urubu. Parece até que o episódio de domingo superou este triste acontecimento. Merece, no juízo de valor deles, mais repercussão a bagunça que se viu no final de semana.

Ordem judicial descumprida na cara grande, parcialidade… tem hora que dá vontade de esquecer o futebol. É podre, principalmente nos seus bastidores. E o carioca é apenas o reflexo do estado de putrefação no qual agoniza o Rio de Janeiro.

Nossa paixão pelas três cores, contudo, ainda pulsa nos nossos corações. Vamos lotar o Maracanã na estreia do Ganso e dar um show de alegria e positividade. Pois, se a diretoria do Fluminense deu uma de otária, a torcida não deu, se recusando a participar da palhaçada que ocorreu no último domingo.

Panorama Tricolor

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