Grife competitiva (por Mauro Jácome)

Um dia desses, estava tentando fazer um exercício de memória desde a entrada da Unimed no Fluminense. A parceria começou lá pelos idos de 1999 e nesses quase 14 anos, uma enxurrada de gente passou pelas Laranjeiras. O tipo de parceria proporciona esse vínculo efêmero com jogadores.

Tentei lembrar alguns nomes desse período e recorri à internet. Alguns nomes já esquecidos, outros não. Vieram: Asprilla, Edmundo, Ramón, Felipe, Alex Dias, Fernando Diniz, Luis Alberto, Jadilson, Yan, Alex Oliveira, Danrlei, Odvan, Juca, Fabiano Eller, Gabriel, Leandro Guerreiro, Tuta, Preto Casagrande, Leonardo Moura, Rogério, Cláudio Pitbull, Cícero, Wellington Monteiro, Ygor, Emerson, Mariano, Romário, Petkovic, Dodô, Washington, Rafael Moura, Souza, Araújo, Marquinhos, Belletti, Equi González. Alguns passaram batidos, de alguns nem gostamos de lembrar, outros tiveram destaque:

Romário – em certos momentos brilhou com a camisa tricolor. Lembro-me de um gol de bicicleta contra o Guarani e de duas atuações dignas de seus melhores momentos contra Botafogo e Cruzeiro (acho que ambos os jogos terminaram em golada de 5 gols do Fluminense).

Petkovic – uma atuação de gala contra o Cruzeiro no Mineirão e com um gol de placa do sérvio.

Gabriel – uma Libertadores fantástica.

Dodô – com vários belos gols e um antológico, pela mesma Libertadores, contra o Arsenal.

Cícero – deixou saudades por sua polivalência.

Washington – marcou alguns gols importantes e fez uma ótima Libertadores, em 2008, mas o que mais marcou foi sua entrega e sua identificação com a nossa camisa.

Mariano – gosto sempre de destacá-lo. Não me lembro de uma volta por cima maior do que a do lateral. Em 2009, antes da arrancada, era o mais perseguido do elenco. Depois da arrancada, era um dos principais jogadores do time e um dos protagonistas daquela “conquista”.

Faltou acrescentar na lista Thiago Silva e Dario Conca, mas por questões óbvias, preferi isolá-los dos demais. O Conca é o Conca e o TS é o Monstro. Maiores astros da década passada.

Prosseguindo, podemos ainda fazer comparações. E uma, que faço, é verificar o grande avanço na política de contratações. Antigamente, as contratações tinham como foco, jogadores, quase ex, que não tinham plena capacidade física, nem muito interesse na conquista de títulos. Estavam mais para mídia do que para competição. Estavam mais para ganhar um bom trocado antes de pendurar as chuteiras.

Aos poucos, o perfil foi se alterando. Atualmente, percebe-se claramente que a formação de um time competitivo é o objetivo maior. Lógico que ainda há interesse no retorno em marketing, mas o elenco é bem mais equilibrado. Além disso, os contratos são bem mais longos. Wagner, Jean, Cavallieri, Fred, Deco, Valência, Thiago Neves, Sóbis, Edinho, Carlinhos, jogadores com a grife Unimed, juntam-se a Wellington Nem, Marcos Junior, Wallace, Samuel, Elivélton, Higor, Michael, pratas da casa.

Percebe-se também que há menos desequilíbrio entre a turma da patrocinadora e a do clube. Isso é bom. Gradualmente, diminui a dependência do Fluminense.

Os resultados estão aí. Há três anos, o Fluminense está nas primeiras posições do Campeonato Brasileiro e caminha para a sua terceira participação consecutiva na Libertadores da América.

Mauro Jácome

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

Revisão: Rosa Jácome

3 Comments

  1. Agora ta equilibrado. o fluminense esta evolundo e vamos chegar a o padrao europeu.

  2. Mauro,

    Muito boa recordação.

    Hoje só falta a UNIMED dedicar parte da grana para montar uma grande zaga. É um raciocínio que numa análise superficial parece-me óbvia. Se tivéssemos uma zaga de confiança talvez hoje já fôssemos campeões da Libertadores e até do mundo.

    Um abraço.

    1. Quando há discussões em torno de nomes, alguns torcedores dizem que não há zagueiros no mercado brasileiro. Discordo. De imediato, vem à minha cabeça uma série de nomes: Emerson do Coritiba, Réver do Atlético, Tolói do SP, Leonardo Silva do Atlético, Dedé do Vasco, Chicão do Corinthians, Rodolpho do SP. Certamente, há promessas por aí. Ontem, o Werley do Grêmio jogou muito bem. Mas só notei no jogo de ontem. Gum alterna momentos bons com outros muito ruins. Leandro Euzébio se acha um craque, mas falha continuamente. O Fluminense precisa de um de melhor nível técnico.

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