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Amigos, amigas, o dia 08 de outubro é quando teremos no Maracanã o duelo entre Fluminense e Botafogo, mas é preciso que eu explique a razão de ser essa data o título da minha coluna de hoje.
Como diria Jack, vamos por partes. Eu, se fosse incumbido de planejar a temporada tricolor, trabalharia com o conceito de ciclos. O atual tem dois objetivos:
– chegar à final da Libertadores, eliminando o Inter;
– reduzir a distância que nos separa do Botafogo para, pelo menos, menos de dez pontos.
Nesse ciclo, enfrentaremos, pelo Campeonato Brasileiro, o Vasco, no próximo sábado, o Cruzeiro, na quarta-feira subsequente e, no dia 30 de setembro, o Cuiabá, na Arena Pantanal. Tudo isso antes do duelo com o Botafogo no dia oito de outubro, quando o ciclo se encerra.
São todas partidas que temos tudo para vencer, inclusive contra o Cuiabá, apesar da alta probabilidade de entrarmos em campo com um time alternativo. Algo que nem chega a ser assustador se considerarmos a exibição do nosso time todo reserva no empate com o Athletico na temida Arena da Baixada.
O mesmo Athletico que acaba de meter 3 a 0 na Dissidência, minutos antes de eu iniciar essas linhas, jogando com um time todo desfalcado, inclusive de suas maiores referências técnicas. O que significa que podermos terminar a 25ª rodada em quarto ou terceiro lugar.
O terceiro lugar depende de um tropeço do Grêmio na noite de hoje, atuando fora de casa, diante do bom time do Bragantino. E, claro, de uma vitória nossa diante do Vasco, jogo que deve ser encarado como decisão de campeonato. Jogo a ser disputado no sábado, às 16h, antes do desfecho da rodada, que terá Atlético-MG x Botafogo.
Quanto a esse sábado decisivo, vale destacar que a nossa distância para o Botafogo é de 13 pontos. Uma combinação de resultados positivos, vitória nossa e derrota deles, reduzirá a distância para dez. Sendo que na rodada seguinte eles voltarão a jogar fora de casa contra o Corinthians, enquanto receberemos o Cruzeiro no Maracanã, uma semana antes do primeiro confronto contra o Inter pela Libertadores.
Se o objetivo é diminuir a diferença para o Botafogo para menos de dez pontos, isso pode acontecer nas duas próximas rodadas, contanto que vençamos nossas partidas e eles tropecem em dois compromissos difíceis fora de casa. Ou seja, a coisa pode clarear para o nosso lado antes do que muitos poderiam imaginar, transformando o jogo do dia oito de outubro numa verdadeira decisão de campeonato, quando poderemos, com uma vitória, reduzir a distância de forma antes inimaginável, entrando de mala e cuia na briga pelo título brasileiro.
Tanto melhor se isso acontecer concomitantemente à classificação para a final da Libertadores, que virá de resultados positivos diante do Inter, nos dias 27 de setembro e 04 de outubro. Haja coração, mas temos os recursos para isso, embora não haja qualquer indício de facilidades no caminho, até porque o Inter vive seu melhor momento na temporada com um técnico que considero um dos melhores que apareceu por essas paragens nos últimos tempos, chamado Eduardo Coudet.
Com o elenco que temos hoje, é possível sonhar pelo menos com a tríplice coroa: Flamengão, Brasileiro e Libertadores. O Mundial está mais para utopia, haja vista os adversários que teremos pela frente, mas isso dependerá muito, também, do que Diniz fará com os recursos humanos que tem nas mãos.
O certo é que ao final do dia 08 de outubro, esse dia cabalístico e enigmático, poderemos estar a brigar pelos dois principais títulos do continente, por um deles ou por nenhum. O que definirá nosso destino, tenho certeza disso, é a nossa capacidade de atuar num patamar próximo ao melhor que já fizemos esse ano. E a boa notícia é o “já fizemos”, porque o elenco atual nos permite fazer até mais.
Saudações Tricolores!
