Com seis décadas de carreira e o título de “Enciclopédia do futebol brasileiro”, não é injusto dizer que Teixeira Heizer foi o equivalente a Nilton Santos no jornalismo esportivo brasileiro.
Uma máquina de informações, referência no setor, trabalhou nos grandes veículos de comunicação e foi uma inspiração para nomes como Juca Kfouri e Fernando Calazans, assim como Nelson Rodrigues e João Saldanha tinham sido para ele, Heizer.
Um ardoroso torcedor do Fluminense e um dos decanos das redações e estúdios, quando isso significava qualidade. Ainda criança, ouvi muitas vezes os jornalistas de minha admiração dizerem algo como “o Teixeira disse”. Pude lê-lo na revista Placar. Definitivamente, eram outros tempos.
Dono de redação impecável, voz marcante e convicções firmes, Teixeira Heizer passou os últimos anos de sua carreira profissionalmente no futebol internacional. Pensando bem, fazia sentido: o Maracanã dele era outro.
Deixou três grandes livros, sendo o último lançado pouco antes de sua internação final. Muito antes de partir, já tinha deixado saudade.
Teixeira Heizer é um dos nomes que, de alguma forma, inspiram a construção diária deste PANORAMA. E assim continuará.
@pauloandel