Amigos, amigas, segue a procissão tricolor ladeira abaixo no Brasileiro. Contando a derrota para o Chelsea, campeão da Copa do Mundo de Clubes Fifa, na semifinal daquela competição, com péssimas escolhas de Renato para compor a equipe titular, são cinco consecutivas.
Renato parece querer reivindicar para si o protagonismo e isso leva a escalações incompreensíveis, como a do jogo de hoje. Muitas mudanças de peças e de esquema. Voltou ao 3-5-2, Canobbio virou ala esquerda. Na frente, como nenhum dos nossos centroavantes resolve, decidiu escalar dois.
Perdemos, na primeira etapa, nossa principal jogada ofensiva, que são as tramas pelos lados do campo. Com três zagueiros, nossa defesa viveu uma tarde de agruras. Ao final da primeira etapa, o São Paulo já poderia vencer por 2 a 0, não fosse Fábio defender um pênalti de Luciano.
Os movimentos técnicos de JK nos fizeram pensar em um senhor de 60 anos sofrendo de reumatismo. Sem nenhum problema com senhores de 60 anos, haja vista este, que vos fala, estar muito próximo dessa maravilhosa marca. Everaldo e gol são coisas, a cada dia, mais incompatíveis.
Renato decidiu fazer quatro substituições no intervalo, reconhecendo que sua nova brilhante invenção de brilhante não tinha nada. Samuel Xavier, autor do único gol tricolor na partida, um belíssimo gol, diga-se de passagem, entrou na lateral direita. Hércules, Soteldo e Serna foram os novos personagens.
Hércules teve atuação apagada, mas Soteldo e Serna deram um calor na defesa adversária, porém o segundo gol deles saiu muito cedo e dificultou nosso desafio por uma reação. No final, quando tentávamos pressionar, sofremos o contragolpe e o terceiro gol.
Vamos parar por aqui na análise do jogo e partir para o campo das proposições. O que fez o Fluminense sonhar com um empate ou até mesmo uma virada foi a entrada de Ganso no lugar de Lima. Então, Renato, chegou a hora de chutar a genialidade para escanteio e fazer o simples e o óbvio. Volte a jogar no 4-2-3-1, coloque o Ganso para jogar, Soteldo e Serna nas pontas e Cano no comando do ataque. Se o argentino, que é um dos gigantes da história recente do Fluminense, não funcionar, é hora de ir ao mercado ou à base para buscar um comandante de ataque que faça gols. Chega de invencionices!
Se tiver que poupar os titulares, poupe todos e dê oportunidade aos jovens desaparecidos, porque precisam de oportunidades e visibilidade. Voltamos à Copa do Brasil na quarta-feira, a competição que ainda podemos conquistar, assim como a Sul-Americana, porque no Brasileiro estamos brincando.
Brincando de perder.
Saudações Tricolores!