Meu Princenetão princenetudo (por T. T. Paixão)

NUNCA FOMOS TÃO TRICOLORES – DOWNLOAD GRATUITO.

No meio das discussões sobre futebol, entre barbas coloridas, paus-de-selfie e intelectuais de porta de banco antes do horário de abertura, há sempre um tema que provoca euforia: a idolatria exagerada por certos dirigentes. E em nosso club não é diferente.

Recentemente, surgiu uma declaração que poderia soar como uma tremenda galhofa: “Princenete é o melhor presidente da história do Fluminense”.

Sim, é isso mesmo que você leu.

Em meio aos percalços nos gramados do futebol brasileiro, alguém ousou erguer Princenete ao lugar mais alto do pódium dos grandes gestores do Three Colour.

A partir daí, imaginemos um cenário onde a euforia e a ironia se misturam feito cores na parede de um pichador noturno.

Nas esquinas do Rio de Janeiro, e de todo o país (por que não?), nos botecos onde as saudades da Máquina correm soltas, os torcedores mais calejados debatem a fundo essa audaciosa afirmação: “O melhor da história? Só se for no quesito contratação de técnicos debiloides!”, brinca um garçom, entre uma caipirinha e uma porção de amendoim.

Enquanto isso, no mundo virtual, onde os memes são trocados como figurinhas, surgem montagens hilárias do Princenete trajado como santo padroeiro dos rebaixamentos miraculosamente evitados, com a palavras “a bênção, João de Deus, o teu povo te abraça”, ao alto.

Afinal, entre torcedores, ironizar os presidentes dos clubes é quase um esporte paralelo, que a depender do dito-cujo, acabará na base da ditadura.

Mas vamos além: imagine um cronista debochado, um qualquer em uma equipe de meia dúzia de “torce contras” tecendo uma narrativa onde Princenete fosse chamado à realidade. “Tu não é o melhor, vacilão”. Será que rola? Se tiver cerveja morna na barba, vvvv6talvez não.

“Eis que Mário, o mago das contratações, convoca mais um treinador com casca e ideias mirabolantes para salvar o clube da temida zona de degola. Será que agora vai?” – perguntam-se os torcedores, com amargo na boca e tristeza no olhar.

.’

A ironia, enfim, é uma espécie de válvula de escape para as mágoas do futebol. É o sentimento que transforma a derrota em piada e a vitória em épico.

E assim, entre uma desgraça e outra, entre um “Princenete melhor presidente” e uma piada sobre um time de idosos, o Fluminense segue seu caminho…

Se vamos para a Segundona, só o tempo dirá.

Ou de uma vez por todas, quem sabe o Princenete não confirma talvez, não o fato de ser o melhor presidente, mas sim o melhor tapeceiro? Fama já temos.

Abraços.

Em tempo: tapeceiro é a mãe. No caso desse tipo de doença de caráter, receito a leitura da obra “Pagar o quê? Respostas à maior bravata da história do futebol brasileiro”, de Paulo-Roberto Andel e outros autores.