Mamelodi Sundowns-AFS 0 x 0 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, assim como os demais times brasileiros, passamos de fase no Mundial e estamos entre os dezesseis melhores do mundo. Qual é a novidade, se nossa história conta isso em cada linha, mesmo naquelas em que vivemos o ensaio do nosso ocaso?

Indo direto ao jogo, só um cego ou fanático poderia imaginar que tudo estivesse resolvido ao nosso favor diante do vice-campeão da África, continente que só não é mais forte no futebol por não poder dispor dos recursos econômicos, de que também não dispomos, embora sejam vigorosamente crescentes nos últimos anos.

Não causou nenhuma surpresa o domínio inicial dos donos da África do Sul no futebol. Perdido em campo, o Flu, Maior Clube do Mundo, tentava combater as ações muito bem coordenadas do time africano. A correria só era vista nos momentos em que verticalizavam o jogo, depois de envolverem nossas linhas com trocas de passes eficientes.

Foram deles as três primeiras oportunidades de gols, sem que o Fluminense conseguisse se apropriar dos fatos e da realidade. Éramos envolvidos sem a menor cerimônia, mas as coisas foram mudando, sobretudo após a primeira parada técnica. Terminamos a primeira etapa dominantes e próximos do gol, que não saiu, para ampliar nossa ansiedade.

Quando as coisas começam e ficar muito favoráveis, aliás, a ansiedade se amplia. O Flu continuou melhor na segunda etapa e chegamos a ter uma bola na trave ao nosso favor. O domínio inicial já se esvaíra, todavia, e Renato fez substituições para fortalecer o controle defensivo do jogo, que já tínhamos.

Ficamos em segundo no grupo, o que não faz a menor diferença, porque também não temos a menor ideia de quem pegaremos na próxima fase. O importante, porém, é que passamos de fase, como os demais brasileiros, sendo o time menos credenciado, pelo menos pelo histórico recente, a demandar por feitos maiores no Mundial, o que não quer dizer absolutamente nada em se tratando da camisa inigualável do Fluminense Football Club.

Eu quero que o tempo me permita tentar expressar minha opinião sobre o que está acontecendo nessa competição. Ela já existe, mas hoje eu quero só curtir o feito pelo qual, honestamente, não esperava. Renato me contrariou, ao longo dessas três partidas, e, ao mesmo tempo, me confirmou. Essa briga ainda promete outros capítulos. Melhor não renunciar à prudência e à observação atenta.

Se o Fluminense pode ser campeão? A camisa e a essência mostram de forma autoritária que sim. Quem sou eu para contrariar, se posso desfrutar de tal expectativa, que condiz com meu desejo?

Fluzão, bicampeão do Mundo!

Saudações Tricolores!

2 Comments

  1. Entendo que temos que atuar na fase defensiva com uma marcação de média pressão, dificultando a transição deles exercida no meio pelo armênio Mkhitaryan e o Barella, e principalmente pelos laterais Dumfries e DiMarco. O desfalque do Thuram será ótimo, pois ele junto ao Lautaro aumentariam a imposição física sobre nossos defensores.
    Na fase ofensiva, além da participação do Arias caindo nos dois lados, vai ser bastante importante que a trinca de volantes e o SX participem nas triangulações para construir nas costas dos laterais deles. Everaldo ou Cano devem estar inspirados para guardar nas redes as oportunidades que forem criadas.
    Como diz o comentarista de futebol americano, tem ‘djokgo’ no BoA Stadium, não duvidem da nossa história.
    STs

  2. Savioli, tenho muito tricolor se descabelando pela atuação de ontem ou pelo confronto contra a Internazionale nas oitavas, mas tirando o segundo tempo contra o River, nosso próximo adversário teve atuações bem claudicantes, parece padecer de uma ressaca após vir de uma vexatória final de UCL, ter tido pouco tempo de descanso e também pouco tempo de preparação com o novo técnico.
    Eles podem ser favoritos, mas o Fluminense HISTORICAMENTE subverte a lógica nessas situações.

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