Juventude 1 x 1 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense deixou dois pontos em Caxias do Sul. Aliás, para falar a verdade, se levarmos em conta o terço final do jogo, até que o empate foi um resultado satisfatório, apesar do caráter desastroso no que diz respeito ao campeonato.

O time que já andou vendo a liderança de perto nas primeiras rodadas foi engolido pela multidão de times que avançavam no bloco intermediário. Enquanto escrevo essas linhas, ocupamos a sétima colocação na tabela. Depois de demeritórios treze anos sem conquistar o principal campeonato que disputamos, caminhamos para mais um ano de ostracismo.

Sem Ganso, Renato montou o time com uma trinca de volantes com bom poder de marcação, razoável capacidade de criação, versatilidade e dinamismo na movimentação: Martinelli, Hércules e Nonato. Com Serna no ataque, o que só foi possível graças à lesão de Canobbio, o time também melhorou ofensivamente.

Dominamos o adversário e tivemos boas oportunidades para abrir o marcador, mas a primeira etapa terminou sem que o placar saísse do zero. Mau sinal. Começou o segundo tempo e um chute meio despretensioso de fora da área desviou em dois jogadores do Fluminense, tirando Fábio completamente do lance. Juventude 1 a 0.

Não demorou muito para que o Fluminense chegasse ao empate, depois de uma sequência de trapalhadas da defesa do Juventude. Hércules se aproveitou, roubou a bola na intermediária, tabelou com Everaldo, chutou para a defesa do goleiro e, de cabeça, fez o gol de empate no rebote.

Sinal de que a virada viria?

O Fluminense até que fez uma grande pressão, como já o fizera na primeira etapa. Por cinco ou dez minutos, tudo indicava que o jogo estava mais para nós, mas é quando nos deparamos com uma sucessão de infortúnios. A chuva começa a apertar em Caxias do Sul e o Fluminense começa a ter dificuldades em campo. Serna recebe entrada maldosa do defensor do Juventude, que poderia até ter sido expulso, caso o VAR servisse para alguma coisa, e deixa o campo com as marcas da agressão na canela.

É aqui que Renato Gaúcho, que escalara bem o time, começa a entregar a paçoca, o relógio e o celular. De uma só tacada, perde Serna e tira Nonato do time, colocando os dois garotos, Isaque e Riquelme. A primeira coisa que pensei foi: perdemos o poder de marcação no meio e na frente. Para piorar, com o time já sendo empurrado para trás, Renato tira Everaldo, que fazia partida razoável, e coloca Renato Augusto de centroavante, quando deveria ter reposto o meio ou colocado mais um atacante veloz, se é que temos um.

Era o que o Juventude precisava para tomar conta do jogo, mas, na sequência, Renato ainda tira Martinelli para colocar Paulo Baya, que quase faz o gol da vitória em uma tijolada, que explodiu no peito do goleiro e foi para escanteio. Só que o Fluminense não tinha mais poder ofensivo e o meio de campo já virava terra de ninguém. Acabou que ainda saímos no lucro de não termos perdido o jogo.

Não é a primeira vez que Renato comete erros nas substituições, colocando o Fluminense em sério risco. Insistir com as entradas de Renato Augusto de centroavante só pode ser brincadeira ou um problema muito sério. Seja lá o que for, temos uma partida decisiva no meio da semana contra o Aparecidense pela Copa do Brasil. Preparem o Rivotril, porque o Fluminense de Renato se transformou num Kinder Ovo. A gente não sabe o que tem dentro ou o que esperar.

Saudações Tricolores!

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