Normalmente quando vou viajar, não bebo. Mas como fui defender algum pra não chegar no zero em Natal, abri os trabalhos numa tradicional feijoada de São Jorge, promovida pelo amigo Bismark, que dá um salve, já que a paga sai na hora.
E lá vou eu pros confins de Maricá pensando em pegar um feijão, mas que devido à fila, optei pelo chopp. Depois de hora e meia pra voltar, acabei parando duas vezes pra tomar uma, trazer outras pra casa e fazer hora pra ir pro Galeão.
Já elegante, me postei à frente da televisão pra ver Flu x Union Espanhola e o que me lembro é que o jogo foi horrível e me deu vontade de beber mais. Se estiver errado, me corrijam, foi com o time reserva, fato que se repetirá hoje diante do garboso GV San Jose.
Altitude, viagem cansativa e mesmo sendo dia do Samba da Adelina, o melhor da zona sul carioca, vou acabar cumprindo esse “indiograma” de assistir ao match.
Pra quem acessa com frequência as redes sociais, um dos melhores programas são aqueles que têm o Evaristo de Macedo como referência pra seus ex-comandados até repórteres e dirigentes. Não bastassem as imitações de sua voz aguda, as passagens de Evaristo são hilárias.
Dito isso, depois de anos morando em NY, marco pra ver e conversar com esse grande tricolor, meu querido Manelzinho, que me revela que seu pai foi grande amigo do ídolo do Real e Barça e que ele também o conhece bem.
Voo Rio-NY, Evaristo e Manelzinho sentam lado a lado e atrás deles Jairzinho, o Furacão de 1970 que muita gente acha marrento demais.
Depois das 10 horas de voo e antes de desembarcarem, Evaristo em altos brados fala provocando Jairzinho que só ele foi ídolo nos gigantes espanhóis e, como se não tivera combinado com Manelzinho, pergunta:
– Você conhece esse aí detrás?
– Certamente seu Evaristo. É o pai do mais promissor técnico de futebol da nova geração…