No aniversário de 73 anos do maior título da história tricolor neste 02 de agosto, é preciso não apenas exaltá-lo mas também ratificar a sua importância para a história do futebol brasileiro e mundial.
A tristeza pela derrota na Copa de 1950 poderia ter significado o início da extinção do nosso futebol. Maior de todos os palcos, o Maracanã tinha virado um símbolo de azar. O torcedor brasileiro ficou estigmatizado pela final diante do Uruguai. O público abandonaria o futebol?
Com o Palmeiras conquistando brilhantemente o Mundial de 1951 e o Fluminense a seguir, em 1952, foi dada a volta por cima definitivamente. A torcida carioca recobrou a confiança. O Flu, que já tinha sido o campeão carioca de 1951, ajudando a ressignificar o Maracanã, ainda ganharia títulos significativos nos anos seguintes: o Carioca de 1959 e os Torneios Rio-São Paulo de 1957 e 1960. E no Fluminense se forjou de vez o talento de um dos maiores jogadores de todos os tempos, Didi, que ganhou o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo de 1958 e o apelido de “Mr. Football”, abrindo as trilhas para a estrada gloriosa da Seleção Brasileira.
Entre a derrota de 1950 e o triunfo de 1958, a reabilitação e decolagem do futebol brasileiro tiveram a força do Fluminense, ora conquistando títulos, ora revelando craques, ora disputando partidas inesquecíveis no então maior estádio de futebol do mundo, cativando novas gerações de torcedores e sustentando uma fidelização que vem até os dias atuais. Sem o Mundial de 1952, talvez o rumo do futebol brasileiro pudesse ter sido muito diferente.
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*Bacharel em Estatística pela UERJ (1994), cronista, escritor, pesquisador de futebol e um dos autores mais publicados na literatura do esporte no país. Fundador e editor do PANORAMA TRICOLOR – Sistema Panorama Laranjal.