Amigos, amigas, 4 de outubro é uma data marcante na história do Fluminense. Há exatos dois anos, o Fluminense obtinha uma das suas mais importantes e apoteóticas vitórias, derrotando o Inter, pela semifinal da Libertadores, de virada, por 2 a 1 no Beira Rio. Na ocasião, quando garantimos vaga na final da competição, que acabamos por conquistar, JK foi destaque, com um gol e uma assistência espetacular.
Na tarde deste sábado, 4 de outubro de 2025, JK não fez gol. Substituiu Cano, seu parceiro naquela noite memorável, e foi decisivo na vitória de 3 a 0 sobre o Atlético MG no Maracanã. No primeiro, após passe cinematográfico de Lucho Acosta, bateu no canto, tentando tirar do goleiro, que consegui a defesa parcial, mas a bola sobrou para Samuel Xavier arrematar sem perdão para as redes atleticanas.
No segundo, JK aproveitou rebote da defesa, dominou e arrancou contra três marcadores. Esperou a passagem de Serna, que partia como um foguete e, antes da linha média, deu passe preciso para que seu companheiro adentrasse livre o latifúndio proporcionado pelo adversário.
O Fluminense ainda fez o terceiro, já nos acréscimos. Samuel Xavier lançou do campo de defesa e deu causa à ação dos três jogadores que haviam entrado. Everaldo ganhou na cabeça e conseguiu acionar Lima, livre pelo lado direito. O cruzamento saiu perfeito na cabeça de Keno, no segundo poste. Keno desviou do goleiro e deu números finais à partida.
Vitória absolutamente justa e justificada do time que buscou o resultado, contra um adversário extremamente passivo e sem imaginação. Nada que nos tire os méritos. O Fluminense foi muito superior, neutralizando todas as jogadas adversárias, atuando com paciência, já que o Atlético defendia compactamente sua área, e jogando com inteligência durante 90 minutos.
Temos vivido o dilema de esperar, ao longo dos últimos anos, alguém que possa ser visto como substituto de Ganso. Pois Lucho Acosta é o que mais se aproxima desse sonho. A bola metida para JK no primeiro gol foi magistral, mas podemos dizer isso de toda a jogada. O passe lateral de Renê para Acosta quebrou toda a marcação do Atlético, por não ser um passe óbvio.
Bom ver JK voltando a jogar bem e a evolução de Acosta, que vai conhecendo a movimentação dos companheiros e, com isso, crescendo em campo.
Eu sempre tenho dito que o time do Fluminense é bom, o elenco tem recursos e não é por acaso que fomos semifinalistas da Copa do Mundo. Basta coerência na escalação e nas substituições para sermos um time temido, que intimida os adversários na marcação e os domina se não tiverem recursos para escapar do assédio constante em todas as partes do campo. Foi o que aconteceu com o Atlético hoje.
Se gostamos de boas notícias, porém, parece que Zubeldia vem treinando manobras de precisão em nossa saída de bola. Mais de uma vez, percebi jogadas treinadas, em que a marcação do Atlético era atraída e vencida, deixando o campo aberto, com linhas adversárias batidas.
Foi, enfim, uma atuação muito convincente do Fluminense. Se o caminho for esse, avançaremos muito nesse Campeonato Brasileiro, assegurando, pelo menos, a vaga na fase de grupos da Libertadores de 2026, sem precisar do título da Copa do Brasil, que devemos disputar com foco em mais um troféu para a galeria do Prêmio Nobel do Esporte.
Atuação sem erros do Fluminense e de seu treinador. Substituições certas na hora certa.
Saudações Tricolores!
Se não fosse a teimosia do Mário já teríamos tido um técnico estrangeiro. Se o Renato não fosse tão turrão o Lucho, o Lezcano, o Lavega, o Santi teriam tido mais chances e há mais tempo. Não que todo técnico estrangeiro seja melhor que o brasileiro, mas é uma renovação da forma de jogar e pensar o futebol. Não que jogador estrangeiro seja melhor que o brasileiro, mas jogam de forma mais aguerrida, não dá para negar. Pena, porque o Renato poderia ter conquistado uma sulamericana e se estava na busca de seu bicampeonato na copa do Brasil. Mas vida que segue, e Zubeldia começou muito bem.