Tenho um amigo que me dizia que a fé REMOVE montanhas.
Pobre Deus.
Não basta empurrar pro lado, abrir um caminho… Tem de arrancar do chão.
Sou católico. Sempre admirei a fé da torcida do Flu ao cantar pra João Paulo II.
Mas sempre tive escrúpulos de rezar por futebol. Num mundo cheio de desgraças, gente passando fome, morrendo em guerras, o que Deus pensaria de um alucinado rezando pruma bola entrar no retângulo com uma tela? Então não rezo. Deus certamente tem muito mais o que fazer.
Mas nessas horas, em que você olha em volta e vê o cenário atual que envolve o futebol do Rio, confesso que chego a pensar se tacamos – todos – pedra na cruz. A rodada foi, como um todo, catastrófica pra Flu e Vasco. Passaremos a semana de braços dados fazendo contas, quando durante o campeonato inteiro não se precisou de matemática, sim de bola.
Aí, aparecem os otimistas, pessimistas, críticos, chorões, revoltados e começam a pontificar soluções ou lamúrias. Um blablablá insuportável para o torcedor comum que só quer ver o time dele longe dali. Mas a matemática, essa cidadã que só aparece no futebol associada a crises, não está ai pra gente.
Amigo, a coisa está preta.
É muito possível que todos nós vejamos jogos na 3a e 6a feiras em 2014.
Mas não adianta nada esquentar a cabeça agora.
É preciso aguardar o fim, que ainda não chegou, e ver efetivamente o acontecido. A partir dai, uma análise do que se fez de errado.
Não dar nome aos culpados, mas atacar as razões que levaram os nossos clubes à posição em que se encontram hoje.
Por último, uma coisa é certa: não é possível que esta situação perdure.
Não há mal que dure eternamente.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
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Zé,
Excelente texto, apenas complementando quem disse originalmente que a fé remove montanhas foi Jesus (Marcos 11:23).
ST