Dia 04/07, 5:57 a.m. (por Paulo-Roberto Andel)

Aqui chove e faz frio. É o inverno do Rio. Tá escuro ainda. É ponto facultativo por causa da reunião do BRICs. Chove como se fosse 1980 ou 1995, ou no fim da tarde de dezembro de 2010. E é um dos dias mais importantes da história do Fluminense, certamente um dos mais vistos por centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro.

Vamos encarar mais uma vez um time cheio de ótimos jogadores. Ok, mas nos é que temos o melhor jogador das partidas em que atua, o inigualável Jhon Arias.

O mundo do futebol ainda está muito triste por causa da morte do Jota e de seu irmão. O trágico desfecho apavora e faz pensar. Recém-operado do pulmão, Jota fez a viagem derradeira de carro. O possível estouro de um pneu destruiu a vida dos dois jovens. Lamentável,

Voltando ao jogo: é difícil, é um grande desafio, será o mais visto de todos os tempos mas não é necessariamente o maior. Não importa muito a força da grana, não é isso que determina quem vai vencer. Dentro do campo é que o couro come.

É dia de fazer tudo diferente. Eu vou para o clube, verei o jogo com Walcyr, Iespa, Horta e mais o pessoal da mesa. Tem rodízio de suculências. Vai ser divertido. Há também um sentimento inevitável de saudade: quanta gente boa deveria estar aqui hoje… Ou será que estão e não sei dizer? Então choro um pouco.

Hoje é um dia importante demais para o Fluminense e todo o futebol brasileiro. Mais do que tentar garantir lugar entre os quatro maiores do mundo, é momento de reafirmar nossos 123 anos de história – como se a Terra fosse a imensa arquibancada do Maracanã, tomada por uma não menos imensa nuvem de pó de arroz e bandeirões tricolores com a vocação da vitória.

Vou falar com a minha queridona e já volto. Meia hora depois da abertura desta coluna, a chuva ainda se faz presente mas o céu já tem algumas luzes. Haja o que houver, já estamos numa sexta-feira inesquecível. Todos os corações tricolores estão a mil. Todos os tricolores mortos estão vivos demais.

Que seja o que tiver de ser.

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