Jogando fora de casa, com a equipe desfalcada pela seleção de seus 3 principais jogadores e ainda com a venda do Nem, o insucesso poderia até ser considerado normal. Mas esse não é o caso. Já estávamos perdendo 2 pontos com o empate que se arrastava até o final. No fim, acabamos levando um gol bobo e entregamos 3 pontos irrecuperáveis e ridículos.
Irrecuperáveis porque, mesmo sendo fora do Rio, jogamos contra um time muito fraco e que vai ficar na parte de baixo da tabela. Ridículos porque dominamos quase que a totalidade do jogo e perdemos alguns gols que não podem ser desperdiçados por quem quer ser campeão brasileiro.
Os primeiros 20 minutos foram do adversário, que a partir daí assistiu ao Fluminense passear em campo, especialmente no 2º tempo. Se no restante do 1º tempo fomos superiores e criamos poucas oportunidades de gol, na metade final da partida impusemos grande superioridade, mas não conseguimos fazer o mais importante, que é colocar a bola nas redes adversárias.
Se por um lado o time irrita pela falta de velocidade, por outro chega até a impressionar por jogar fora de casa exatamente da mesma maneira que joga em seus domínios. Esse padrão vem desde a campanha vitoriosa do ano passado, mas, ao contrário do time matador de 2012, o atual tem grande dificuldade de marcar gols.
Tiveram boa participação no jogo Rhayner, Wagner, Sóbis e Carlinhos. Rhayner impressiona pela velocidade e por acreditar em todas as jogadas, mas não é novidade que lhe falta uma técnica mais apurada. Apesar disso, foi bem e quase marcou um gol. Se não foi por contusão ou cansaço, não entendi por que foi sacado.
Wagner, como já vem ocorrendo, fez bem a criação das jogadas do time. Mas o camisa 19 não tem futebol para assumir essa responsabilidade sozinho e está ficando muito sobrecarregado nesse papel com o esquema de jogo adotado pelo nosso técnico. É notório que o Fluminense precisa contratar um meia de qualidade para o lugar do Deco.
Sóbis também executou bem os 2 papéis que teve durante a partida, primeiro como 2º atacante e no final como o homem de área, mas perdeu um gol já na reta final da partida que não poderia ter errado. Carlinhos esteve muito bem na 1ª etapa e sumiu na 2ª, no seu melhor estilo vagalume.
No lado negativo tivemos as participações de Samuel e Thiago Neves, esse último nos 25 minutos que esteve em campo, além, é claro, do câncer habita a nossa cabeça de área, o nosso capitão Edinho. Começando pelo câncer, não é que ele tenha jogado o seu pior futebol, mas manteve o já conhecido prejudicial futebol que não permite que joguemos com velocidade e mobilidade.
Samuel deu mais uma mostra de que é, no máximo, um reserva razoável da posição e nos deu mais uma demonstração de que vai ser difícil fazermos gols enquanto o Fred estiver fora. Nosso garoto perdeu um gol daqueles chamados imperdíveis no final do 1º tempo. Pareceu-me que demorou demais para finalizar e deu tempo para o zagueiro cortar seu chute.
Deixei para o final a análise do Thiago Neves. No pouco tempo que esteve em campo, nosso arremedo de camisa 10, conseguiu errar quase tudo que tentou, inclusive se enrolando bisonhamente com a bola na linha de fundo. Como toque final em sua atuação pra lá de lamentável, foi dele a virada de jogo equivocada que deu origem ao contra-ataque no lance do gol do adversário no final da partida. Gostaria muito de saber se esse jogador vai estar em forma em algum momento do ano corrente. Até o momento, só o vimos se se apresentar para a pré-temporada com uma bolha no pé, ser afastado de um jogo importante por ter ingerido um medicamento sem autorização do clube e ficar afastado por contusões de pelo menos metade do ano. Está difícil de aturá-lo.
Perdemos a primeira oportunidade fácil de assumir a liderança do campeonato. Fica um gosto muito amargo pela certeza que a vitória era fácil.
Marcelo Vivone
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Quem leu a coluna Flu e a Seleção publicada na terça-feira pode constatar no jogo de ontem a verdade contida naquela narrativa. O Flu cerca, ronda, ameaça, mas não faz gol e, portanto, não consegue vencer. á muito faz apenas um ou dois golzinho por jogo. Não basta dominar para vencer, tem que fazer gols. Estou rouco de falar…
“Gol bobo…?” Sem comentários…saudações TRI…e abraços fraternos.
Enquanto isso a diretoria renova os contratos do Samuel e do Digão, e paga 700 mil reais para Deco, Thiago Neves, 300 mil para Felipe, 250 mil pra Diguinho….vergonha total!!! Até quando vamos aturar isso??? Chega de incompetência!! E o time buscando a vitória e o Abel ia colocando o seu filhote em campo!! Pelo amor de Deus….