Chega de ódio, amigos tricolores (da Redação)

Foi preciso acontecer uma tragédia para que o ódio entre tricolores nas redes sociais tivesse uma trégua mínima neste final de semana. Ódio esse que, além de ser estúpido pela própria natureza, nada mais é do que um envenenamento provocado por meia dúzia de almas infelizes, dependentes do Fluminense para a autopromoção de suas estampas opacas, bem como ponte para possíveis vantagens pessoais futuras, ou até mesmo em satisfações da vaidade oca.

Não, isso que temos visto na internet tricolor nos últimos meses não é política nem discurso de oposição. Nem chega sequer a ser politicagem. É apenas primitivismo. Oposição não é ódio, são coisas muito diferentes.

Críticas a qualquer gestão do clube são válidas, aliás essenciais. Mas xingar as pessoas e espalhar diariamente um arsenal de mentiras não é crítica, e sim apenas um exercício de mau caratismo.

Os estafetas do ódio não possuem estofo, currículo ou experiência no ramo do futebol ou em similares – alguns, por sinal, não têm currículo de coisa alguma. É o apedrejamento pelo apedrejamento, a cólera pela cólera à base de achismo e só. Às vezes disfarçada de humor exótico em páginas chinfrins da internet, noutras embutida na verborragia pastosa de famosos “quem?”, ainda noutras engordurada pela feiúra pernóstica da prepotência e, por fim, deitada em cova rasa de ofensas pessoais e mentiras torpes. Tudo isso só merece um único destino: o lixo, berço natal compatível com quem lidera tais práticas abomináveis, intoxicado por uma eleição perdida nas costas. Infelizmente sem reciclagem.

O Fluminense, sua torcida e sua lida política são muito maiores do que tudo isso e continuarão sendo, queiram ou não.

Nesta segunda-feira começa mais uma etapa difícil para todos nós. Não sabemos o que pode vir pela frente nas próximas horas. Dado o momento, tudo o que precisamos é de serenidade e diálogo. O Fluminense não é guerra, mas paz.

O PANORAMA conclama a todos os torcedores para que ignorem o caminho do ódio quando se trata de discutir o Fluminense. É preciso que os tricolores tenham respeito entre si, e que quem insistir em dinamitar a reputação alheia com calúnias diárias receba de volta o troféu compatível para o caso: o da suprema indiferença. Que os cães ladrem, porque a caravana não vai parar. Não se faz política com latidos.

Aqui, continuamos e continuaremos como uma tribuna livre, com pluralidade de ideias e opiniões. Debate, argumento, reflexão, humor, tudo. Mas nada de ódio. Nossas opiniões não têm preço, menos ainda acerto com candidatos eleitos ou derrotados. Temos dez mil páginas de conteúdo próprio sobre o Fluminense, não entramos no ônibus ontem. Do nosso próprio currículo, não precisamos falar, menos ainda perder tempo. Aliás, uma única linha: alguns dos nossos integrantes têm sido vítimas regulares deste ódio desde a criação do PANORAMA, pelos motivos mais abomináveis, respondendo com serviços prestados ao Fluminense dentre os mais diversos. O blog independente de futebol com mais títulos literários e autores publicados no Brasil agradece aos recalcados.

Não é possível deixar de desconfiar de quem fica 24 horas por dia na internet ofendendo tricolores, assim como depredando todos os atos promovidos pelo clube, por “paixão”. Não existe almoço grátis nesta questão. Que a torcida do Fluminense reflita de vez a respeito deste mar de ódio, abandonando-o para sempre. Que a confraria da cólera resmungue sozinha entre si.

É hora de ajudar e apoiar o querido Abel, haja o que houver. De trazer positividade aos diálogos. De conviver e não de repelir. De agregar e não de apartar. De espantar o ódio e não de celebrá-lo. É hora de Fluminense, e não de pessoalidades ocas.

É hora de diálogo e amor.

A crítica, sempre necessária.

Já o lugar do ódio e de seus soldadinhos pueris é outro, sem qualquer nobreza: no limbo da história.

#ForçaAbel

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: Pan

O maior acervo de conteúdo próprio sobre o Fluminense na internet.