Amar é assim…
Amar o Fluminense é como ser esposa de um marido ingrato.
A cada manhã, ela acorda com a esperança de que, naquele dia, ele finalmente a olhe com carinho, reconheça sua devoção.
Ela dá tudo de si, apoia, vibra, compartilha os momentos de glória e derrota, mas ele, com sua indiferença, a deixa esperando, sem sequer perceber o sacrifício silencioso que ela faz.
Mesmo nos dias em que ele a decepciona, ela não consegue deixá-lo, pois seu amor é fiel, profundo, enraizado.
O Fluminense, como um marido que nunca a agradece, lhe oferece alegrias fugazes, mas, ainda assim, ela se entrega, esperando que, um dia, o amor seja recíproco, que ele a ame da mesma forma que ela o ama, sem reservas.
Pois é, amar é assim…
O Fluminense é como aquele amor que nos consome, mas que nunca se deixa possuir. Ele é belo, imenso, mas inconstante, como o sorriso de uma mulher que, ao olhar nos olhos, nos dá tudo, e no instante seguinte, se afasta, fria, misteriosa. A cada vitória, o coração se aquece, e a cada derrota, a alma se perde em um vazio de promessas não cumpridas.
Amar o Fluminense é como amar uma mulher ingrata; entregamo-nos sem medida, sem pedir nada em troca, e, ainda assim, seguimos esperando que, no próximo gesto, ele nos ame de volta, verdadeiramente, com a mesma paixão que nos devora.
Mas o Fluminense não é nem um marido ingrato e nem uma amante desdenhosa, é na verdade um clube de futebol, comandado de maneira irresponsável por uma caterva de arrogantes.
O problema é que isso acrescenta ainda mais sofrimento aos pobres apaixonados por estas três cores.