Amigas e amigos tricolores,
Como dizia o profético Nelson Rodrigues, “se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado…
Não vamos abaixar a cabeça por termos perdido a semifinal contra o Chelsea. Nós somos “World Big Four” com muito louvor. Lutamos de cabeça erguida.
Estou com um misto de raiva e uma alegria irônica, e vou explicar essa sensação mista. O protagonista desse sentimento chama-se João Pedro.
Em 2019, João Pedro foi vendido ao Watford por 65 milhões de reais, onde a média do valor do Euro na época era de 4,5191 (fonte: Banco Central); ou seja, ele foi vendido num valor de aproximadamente 14,38 milhões de Euros. Na minha concepção acho que ele poderia ter jogado pelo menos no mínimo mais um ano e ganharia valorização, mas foi embora do Fluminense deixando saudades, essa foi a minha raiva.
A minha alegria irônica chama-se João Pedro. Contratado ao Chelsea por R$ 411,3 milhões (o Flu receberá R$ 10,2 milhões por ser o clube de formação), abriu mão de suas férias e prontamente se apresentou para jogar a Copa do Mundo de Clubes, onde fez uma bela participação contra o Palmeiras e dois lindos gols contra o Fluminense na semifinal.
O Chelsea jogou melhor, isso é fato, nem vou analisar tecnicamente. Mas o Fluminense não foi inerte, pelo contrário, lutou até o último segundo.
Não estou triste, pelo contrário; muito feliz pela garra que o elenco e a comissão técnica apresentaram. Só rezo pra que essa grana pesada provida pela FIFA seja bem usada e com inteligência pela nossa direção, leia-se o atual venerável presidente.
Fabio e Thiago Silva mostraram que a idade mostra capilaridade e inteligência dentro de campo. Jhon Arias, o nosso motor incansável dentro de campo, mostrou para o mundo o seu talento. Martinelli, não tenho palavras pra descrever o quão de disposição esse rapaz tem, e uma boa parcela da torcida do Fluminense que peça perdão de joelhos com tantos insultos gratuitos nos últimos tempos à vossa pessoa. Ignácio, quanta evolução ao lado de Thiago Silva.
Das três cores que traduzem tradição, e repito: somos World Big Four. Num atual momento do futebol mundial totalmente inflacionado e destemperado financeiramente, onde grandes clubes com mecenas são verdadeiras seleções, o Fluminense mostrou ao mundo que é possível competir mesmo com um orçamento infinitamente menor.