Amigos, amigas, essa partida entre Flu e Dortmund é uma dessas curiosidades do futebol. Acordei hoje às seis horas da manhã para adiantar o trabalho e ficar livre na hora do jogo. Tudo ia bem até por volta das 9:30, quando simplesmente travei. A partir de então, quem trabalhou foi a ansiedade.
Sem conseguir fazer mais nada, meu recurso foi ir para a academia, para tentar domar nos pesos a adrenalina crescente e a ansiedade sufocante. Um professor tricolor vaticinou que nossa missão hoje era resistir, com o que concordei. Adversários davam a derrota tricolor como favas contadas. É impressionante como as pessoas são capazes de subestimar o Fluminense, por mais que o Fluminense seja o Fluminense, inclusive nós, tricolores.
Eu não acompanho o Dortmund, mas sei que tem sido protagonista, ou excelente ator coadjuvante, no abastado futebol europeu, para onde convergem os melhores jogadores do mundo. Então, não era preciso muita ciência para prever que nossa estreia, entre os brasileiros, era a mais salgada.
Prognósticos errados. Nada do que se esperava foi visto em campo. Ao contrário, vimos um Fluminense superior do início ao fim, com melhor posse de bola, excelente postura ofensiva e muitos chutes a gol a mais que o adversário. Se não vencemos, é pela mesma razão pela qual deixamos de vencer partidas em nossas competições locais. Falta precisão nas finalizações e, em muitos casos, no último passe.
A defesa, que era minha grande preocupação, teve grande atuação de Thiago Silva e desempenho seguro de Freytes. Com isso, o Fluminense fez sua melhor exibição no ano. Até Canobbio esteve muita acima de suas performances anteriores. Samuel Xavier, mais uma vez, foi exímio. Martinelli, não há o que comentar. Arias, menos ainda.
Deu-se, então, que, após iniciar a partida temendo um possível vexame, terminamos inconformados com um empate injusto, haja vista a superioridade tricolor durante os 90 minutos. Renato está de parabéns pelo trabalho e pelas escolhas. Muito do que vimos hoje já se desenhava ao longo das últimas partidas disputadas pelo Fluminense. Um time que busca o ataque, que pressiona, tem tramas ofensivas bem treinadas e que não tem medo de cara feia. Nem vou falar de camisa pesada, porque a nossa pesa mais do que qualquer outra.
A boa notícia é que o desempenho do Fluminense no jogo de hoje sugere a possibilidade real de passarmos dessa e da próxima fase, mas vou ficar por aqui no exercício de futurologia. Por enquanto, o que nos cabe é saborear a demonstração de força de hoje, inclusive de nossa torcida, e lamentar um resultado tremendamente injusto, que em nada explicou o que aconteceu em campo.
Saudações do único campeão mundial de clubes do Rio de Janeiro!