Fluminense 2 x 0 Unión Española-CHI (por Edgard FC)

Sob muita desconfiança e desesperança de seu torcedor, do mais aguerrido, passando pelo mais resiliente e ao mais realista, o Tricolor precisava cumprir seu compromisso pela segunda copinha do nosso continente, cujas viagens são tão desgastantes que nem o treinador tricolor gosta de fazê-las, prefere a noite carioca.

Com tanta informação e também desinformação, foi difícil concentrar e focar na análise do jogo, pois tem muita coisa errada no clube, que vai disputar daqui menos de dois meses a Copa do Mundo de Clubes da FIFA; com o elenco montado, talvez dê para fazer um ou dois gols na fase de grupos.

Muito cedo Canobbio sofreu uma lesão na face; muito cedo Ignácio Núñez foi expulso, equilibrando um pouco o jogo, pois o Fluminense costuma ter em seu onze inicial um ou dois breus.

Na expulsão, um pênalti marcado para o Fluminense, depois de um petit comitê – igual ao que está apossado do clube e reuniões sobre SAF – se formou para decidir quem iria bater o penal.

Após a assembleia, Everaldo foi o escalado: olhou, bateu, perdeu, no rebote, perdeu de novo, de modo ainda mais constrangedor, animando as vaias de vez, pois a equipe se arriscava em cântico, quase sem ritmo, poesia ética em forma esdrúxula, feita sem métrica com rima rápida.

Ao ver o escrete jogar, me lembrei de um jongo, que aprendi ainda mancebo quando das minhas andanças para aprender essa cultura que me surrupiou de abrupto, a letra diz, mais ou menos assim: ‘Eu nunca vi tanta barata, senhora dona, pega no chinelo e mata’.

Mais uma vez, a equipe desceu sob apupos sonoros para o vestiário, a torcida parece estar dando sinais de cansaço com tanta farsa, tanta mentira, tanta falta do que dizer.

Keno, em menos de dois minutos pôs fim à noite frígida, que soprava um ventinho úmido, que já estava a deixar toda a gente asmática.
Com a vitória parcial, parecia que a equipe ganharia alguma confiança e partiria para fazer o placar vislumbrado por Marcelo Diniz, mas não foi ao que fomos submetidos. Muito pelo contrário.

De tanto insistir e jogar bolas a esmo para a área, uma delas cruzou toda a extensão aérea da área e sobrou, após a não subida de Everaldo, para Samuel Xavier completar para fechar o placar em dois a zero.

Estou preso neste drama, que poderia ser o de Angélica; embora uma grande paixão em minha vida, ela é maligna e tem ímpetos de fazer cócegas no meu esôfago.

Ao fim da partida, mesmo com a vitória, a torcida tornou a vaiar, mas deveria fazê-las direcionadas à Roma, pois o grande responsável por esse desastre está fechado em seu coliseu, querendo colher louros de uma glória que não lhe pertence.

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FLUMINENSE 2 x 0 UNIÓN ESPAÑOLA-CHI
Copa Sul-americana – 5ª Rodada (Fase de grupos)
Maracanã – Rio de Janeiro-RJ
Quarta-feira, 14/05/2025 – 19:00h (Brasília)
Renda: R$ 393.447,50
Público: 15.929 pessoas presentes

Arbitragem: Yael Falcón (ARG). Assistentes: Maximiliano del Yesso (ARG) e Facundo Rodríguez (ARG). Quarto Árbitro: Carlos Gariano (ARG). VAR: Pablo Dovalo (ARG)
Cartões amarelos: Keno 70’, Juan Freytes 70’ (FLUMINENSE); Leonardo Naranjo 62’, Valentín Vidal 70’, Ignacio Jeraldino 70’ (UNIÓN ESPAÑOLA)

Cartão vermelho: Ignácio Núñez 28’ (UNIÓN ESPAÑOLA)

Gols: Keno 47’, Samuel Xavier 77’ (FLUMINENSE)

FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier (35-Hércules 83’), 4-Ignácio, 22-Juan Freytes e 12-Gabriel Fuentes; 8-Martinelli, 16-Nonato e 10-Ganso© (90-Kevin Serna 70’); 21-Jhon Arias, 17-Agustín Canobbio (11-Keno 9’ / 18-Lezcano 83’) e 9-Everaldo (37-Isaque 83’). Téc.: Renato Portaluppi. 4-3-3

UNIÓN ESPAÑOLA: 25-Franco Torgnascioli; 16-Simón Ramírez, 3-Valentín Vidal, 21-Nicolás Díaz e 24-Gabriel Norambuena; 6-Bruno Jáuregui, 14-Ignácio Núñez, 7-Fernando Ovelar (31-Leonardo Naranjo 35’), 22-Pablo Aránguiz© (18-Felipe Espinoza 83’) e 10-Ariel Uribe (15-Rodrigo Vásquez 83’); 9-Matías Suárez (23-Ignacio Jeraldino 69’). Téc.: José Luis Sierra. 4-2-3-1

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