Voto de confiança (por Paulo Rocha)

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Acompanho futebol, como torcedor, desde a década de 1970 e, posteriormente, tornei-me profissional de imprensa especializado nesta área. Mas até mesmo um garoto de sete anos de idade, no caso meu filho, que assistia ao jogo a meu lado, podia prever, no decorrer do embate, que o Fluminense não venceria o Coritiba. Ninguém perde tantos gols impunemente.

Quando ainda vencíamos por 1 a 0 e ficamos com um homem a mais em campo, após a expulsão do “Gladiador”, abusamos de desperdiçar oportunidades claras e demos campo ao adversário. Em determinado momento, virei-me para meu filho e disse: “Você sabe o que vai acontecer, não sabe?” Ele respondeu: “Sim, os caras vão empatar”.

E realmente empataram. Resultado: deixamos escapar uma vitória importantíssima. Confesso a vocês que, caso não fosse grande a possibilidade de o G6 virar G7, eu já teria aberto mão de sonhar com a disputa da Libertadores do ano que vem.

O Coritiba, além de ter um jogador expulso antes do intervalo, jogara no meio de semana. E, mesmo assim, mostrou mais entrega que nós. Quanto aos gols que perdermos, não custa lembrar quem é o artilheiro do Campeonato Brasileiro. Que isso não seja esquecido, principalmente na hora da eleição. Eu mesmo, aqui neste espaço, farei com que isso seja sempre lembrado.

Bom, mesmo muito puto com os quatro jogos sem vitórias e com os seis pontos de distância na tabela para o “poderoso” Botafogo, peço aos torcedores um voto de confiança para o time do Fluminense. Que lotemos o Maracanã na sexta-feira e ajudemos nossos jogadores a superar o Vitória. Contudo, caso não vençamos, preparem-se: cuspirei todos os marimbondos possíveis até o dia da eleição.

Pensem bem eleitores do Fluminense: vamos dar prosseguimento a isso que estamos vendo ou nos proporcionaremos a chance de sonhar com voos mais altos? Não sou mais sócio do clube há vários anos, porém, caso ainda fosse, não saberia ainda em qual candidato votar; teria certeza, sim, em quem não votaria jamais. A cada insucesso, seja dentro ou fora das quatro linhas, essa certeza aumenta. Creio ter me feito entender.

Portanto, sexta-feira, todos ao Maracanã. Aliás, todos não: os pés-frios que arranjem outra coisa para fazer. Sem esquecer, contudo, que o apoio da arquibancada será proporcional ao empenho demonstrado em campo. Ainda dá para sonhar. Ainda.

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Engraçado, não vejo Pedro ser relacionado sequer para o banco de reservas. O garoto não é o maior artilheiro da base brasileira nesta temporada? Não foi chamado até para ajudar, completando a equipe suplente, nos treinamentos da Seleção principal?

Só vejo uma explicação: a vaca braba que custou R$ 9 milhões precisa jogar para ser visto e, posteriormente, vendido com o mínimo de prejuízo possível. Porra, a função principal de um centroavante é marcar a saída de bola do adversário? O maior filho da mãe, no entanto, não é o cara, mas sim quem o contratou.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc

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