Vamos falar de vitórias do Flu (por Aloísio Senra)

O TRICOLOR – informação relevante.

Tricolores de sangue grená, como é bom escrever após uma vitória. E não foi qualquer um a zerinho modorrento numa bola vadia, que nem vemos aos montes saindo dos pés de outros times. Não, foi uma senhora goleada. E ela começou a ser construída no meio de semana, no gol de João Pedro já no apagar das luzes do Maracanã, para mostrar para a equipe de Mano Menezes o tamanho hercúleo deste Fluminense de tanta história e tradição. O resultado deste sábado era, portanto, previsível, a partir do momento que o novo casal 20 – João Pedro e Marcos Paulo – entrou em campo. Se demoramos a deslanchar, é porque Diniz ainda não se sente seguro para fazer o óbvio, que é escalar os meninos no time titular. Dessa forma, com a ausência do nosso querido Queixada, ficamos reféns das substituições que nos permitam ver estas duas obras-primas de jovialidade desfilarem pelos gramados tricolores. Duas assistências de Marcos Paulo, dois gols de João Pedro. Chocolate.

Se por um lado foi delicioso derrotar a empáfia do treinador celeste, por outro perdemos Allan para o próximo jogo do Brasileirão, contra o Bahia. Se eu fosse nosso técnico, deslocaria o Caio Henrique para a posição de primeiro volante, voltaria com o Mascarenhas para a lateral esquerda e manteria o esquema. Claro que, além disso, daria um jeito de enfiar João Pedro e Marcos Paulo nesse time para ontem. Agenor merece ficar na meta também. Importam muito pouco, na verdade, os demais resultados da rodada, pois já sabemos que nossa distância para o líder é de sete pontos, e é só isso que nos interessa. O aguerrido e ousado Fluminense de Diniz, que não segura resultado favorável na retranca e, em vez disso, busca consolidar as vitórias com placares mais elásticos, vai jogar sempre buscando a liderança. “A cada segundo, a cada respiro, vitória!” Essa frase deveria ser emoldurada e colocada na entrada de Álvaro Chaves, no escudo de uma estátua do guerreiro Gum. Devaneios para o futuro.

Todavia, a batalha que se avizinha não é pelo Brasileirão, e sim pela Copa Sul-Americana. Nossos combatentes voltarão ao battlefield do Maracanã nesta quinta-feira para pelejar contra a equipe do Atlético Nacional da Colômbia. Time grande, que andou arrebanhando conquistas importantes nos últimos anos, mas que, se pesquisarmos bem, anda em baixa. A própria torcida dos caras ficou desmotivada por nos enfrentarem, e muitos já estão dando a eliminação como certa. Não se enganem, não é nenhuma baba, mas também não é para lamentar a falta de sorte no sorteio. Aliás, se esta Copa Sul-Americana tiver que ser nossa, eu quero ganhá-la assim, enfrentando equipes de peso e superando todas elas. Quero passar pelo Atlético Nacional e pegar Peñarol, depois Cerro, depois Independiente e ser campeão em cima do Argentinos Juniors. Esta conquista já nos bateu na trave por tempo demais, e tenho certeza que, quando finalmente vier, será épica, e o prenúncio de uma Libertadores inesquecível. Vamos com tudo, guerreiros. Vamos confirmar no campo o que a torcida deles já espera.

Curtas:

– Fred parece uma mosca morta quando enfrenta o Fluminense. Thiago Neves meteu um atestado pra não jogar contra nós. Thiago Silva acompanha o Flu até de madrugada, incomodando a esposa. Voltem logo pro Fluzão!

– João Pedro é muito craque mesmo. Uma lástima (ou um crime, como disse o companheiro Jácome) a sua venda. Poderíamos tentar pegá-lo por empréstimo por mais um tempo, principalmente se estivermos na Libertadores no ano que vem. Fica a dica.

– Marcos Paulo também vem confirmando aquilo que sempre falei dele, e espero que o Fluminense não o venda por uma pipa e duas mariolas. Contrato longo, multa elevadíssima: esse é o caminho.

– Abad poderia nos poupar de suas asneiras na reta final de seu mandato. Quer ser contra a restauração de Laranjeiras a custo zero? Então fique calado. Parece especialista em queimar o próprio filme.

– É incrível como Pedro não consegue ter uma sequência. Primeiro, uma pancada que o deixa fora de duas partidas. Depois, uma convocação para a seleção de base, que vai disputar um torneio muito menos importante do que os que o Fluminense está disputando. A diretoria, mais uma vez, deu mole e não pediu a dispensa dele na pré-lista. Só o veremos em campo novamente após a Copa América. Triste.

– Palpite para a partida da Copa Sul-Americana: Fluminense 3 x 0 Atlético Nacional.

Panorama Tricolor

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