Uma épica e emblemática vitória tricolor (por Paulo Rocha)

O triunfo de 2 a 1 sobre o Atlético-MG no Horto (onde, se costuma dizer, quem cai está morto) foi um dos mais belos obtidos pelo Fluminense nos últimos tempos. Vários fatores fizeram dela inesquecível. E vale a pena destacá-los, como vale!

Abel Braga completava 250 jogos no comando da equipe – ainda este ano deve se tornar o segundo treinador a mais vezes comandar o Fluminense em partidas. Ele teve papel destacado no confronto: escalou Nogueira na vaga de Renato Chaves e Scarpa, na de Wellington. O zagueiro de Xerém não deu mole para Fred e o nosso camisa 10 preocupou a defesa do Galo, que não ousava deixá-lo livre.

Outra coisa: jogamos os últimos 15 minutos com um homem a menos após a saída de Sornoza, que fraturou o tornozelo. Além disso, tivemos que enfrentar também uma arbitragem pra lá de tendenciosa, que fez de tudo para que o Atlético conseguisse, pelo menos, empatar o jogo.

Mais uma: como jogou Wendel! Dominou seu setor, protagonizou a transição, marcou bem e ainda chegou à frente. A finta de corpo que aplicou em Fred sem tocar na bola após uma disputa pelo alto foi antológica. Colocou no bolso Elias, Otero, Cazares e todos os outros que deveriam servir de exemplo para ele. Um monstro esse moleque de Xerém.

Vou confessar uma coisa: antes do jogo, temi que passássemos por um vexame. Cheguei a falar para meu filho que seria quase impossível escaparmos da derrota. Ele, por sua vez, deu de ombros e me respondeu: “Pois eu acho que vamos vencer.” Logo após o apito final, com um sorriso no canto da boca, virou-se para mim e disse: “Não te falei?”

Quanto orgulho eu senti naquele instante! Quantas coisas têm a nos ensinar as crianças. Esperança, fé, alegria… Precisamos deixar a dureza da vida e a hipocrisia de lado para que possamos ouvir com mais clareza a voz delas.  Sempre.

Vou encerrar dizendo que o Fluminense de Abel Braga é aquele Fluminense do qual nos orgulhamos. Aquele que não é bajulado pela mídia mas que está devolvendo ao seu torcedor toda a felicidade que nos falta no dia a dia de um país entregue a ratos de todos os tipos.

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Henrique Dourado cobrando pênalti chega a ser sacanagem. Os goleiros não têm chance contra ele. Victor, de quem todo mundo baba o ovo, ficou de joelhos e ainda esboçou reclamar de alguma coisa. Pega lá dentro, otário!

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A fratura de tornozelo do Sornoza, diagnosticada no dia seguinte ao jogo com o Galo, foi uma péssima e inesperada notícia. Paciência, agora a tarefa de Abel será a de achar um substituto. Acredito que Douglas pode desempenhar a função, mas quem sabe não poderia Calazans ser escalado por ali? Vamos ver. E torcer para o “Papá” voltar logo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paro

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1 Comments

  1. Não precisa inventar. É só colocar o Wendel mais adiantado. Quem entende um pouco de futebol vê que ele tem caracteríscas e futebol de meia-armador. O técnico da base que o colocou de volante entende pouco de futebol. Por isso o futebol brasileiro está com escassez de meias. Quando aparece alguém que sabe jogar, colocam o cara de volante.

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