Um ano para esquecer (por Marcus Vinicius Caldeira)

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A partida que o Fluminense fez ontem simbolizou o que foi o ano tricolor: feio, esdrúxulo, confuso; um verdadeiro circo dos horrores!

Inimaginável que o campeão brasileiro tenha chegado à esta situação!

De quem é a culpa?

Claro, dos que comandam o futebol do Fluminense!

É hora de caça às bruxas? Ao meu ver não. Demissões ou mudanças só se já for pensando em 2014.

Mas agora não é hora para ações sob o calor da emoção e sim de mudanças certeiras, pontuais, na estrutura do time e cobrança dos que comandam o futebol para que se dê um jeito nessa situação.

O jogo contra o Goiás foi triste! Até que não começamos tão mal, mas continuamos com um jogo que não agride o adversário e que tira o Fred fora da área, acabando com o futebol do nosso camisa nove. A maionese desandou de vez com a saída do Diguinho. Isso, mesmo, tricolores! Vejam o que é este ano de 2013. Lamentamos a saída do Diguinho.

O garoto Willian entrou no seu lugar e fez uma partida tenebrosa. Totalmente diferente das outras anteriores. Errou tudo o que podia e foi responsável direto pelo primeiro gol ao perder a bola no meio de campo e perder tempo reclamando com o juiz. Talvez, se não tivesse parado para reclamar, teria tempo de recuperar a bola e evitar o primeiro gol do Goiás, no finalzinho do primeiro tempo.

E Anderson no lance? Fez tudo o que não podia: deu o bote, em vez de só cercar, e, ao tomar o drible, não fez a falta; horrível.

O time voltou sem substituição e sem nenhuma melhoria. E logo veio o pior. Na inexperência do garoto Igor Julião que optou por disputar no corpo a bola com o gordinho Walter. Óbvio que perdeu a disputa de corpo e deixou o gordinho com mais dois companheiros contra apenas um defensor. Inapelável: saco.

Luxemburgo sacou os improdutivos garotos Eduardo e Biro-Biro para colocar Felipe e Samuel. E de nada adiantou. O time tentou uma pressão no desespero, mas nada que trouxesse um alento e um fio de esperança de um gol da classificação.

Eliminação justa. Se não fosse agora, seria contra o Vasco ou logo a seguir.

O campeão brasileiro se esfacelou quando vendeu Nem e Thiago Neves e perdeu Deco fisicamente. Estes três mais Fred compunham o quarteto que fazia o time ser diferente, principalmente Nem. Ainda por cima Jean, Wagner e Edinho cairam de produção assustadoramente. Aí, não dá!

Há de se ter tranquilidade para encontrar as soluções que são mínimas. Eu começaria puxando Edinho pra zaga, ainda apostando no garoto Willian ou o Valência se tiver condição de jogo. É preciso recuperar Jean e não mais obrigar Fred a sair da área. Estamos sem meia de ligação. Felipe deveria fazer esta função e não está fazendo. Eduardo não tem cumprido o seu papel. Então que se entre com a correria do Rhayner mesmo. E é preciso definir um esquema, os onze e ir com este time ajustando ao longo dos jogos. Este troca-troca constante de esquema e peças não constrói nada!

O negócio é fazer os 46 pontos para nos livrar de qualquer susto. Além disso, lutar fora de campo para que o acordo da dívida saia logo, pois isso está inviabilizando o clube. E, assim, planejar para que 2014 seja igual aos dois últimos anos pares: de títulos.

Não sentirei saudade de 2013!

Ainda temos lutas a travar este ano: dentro e fora de campo.

O ano acabou para títulos, mas precisamos da torcida para terminar este tenebroso 2013 com dignidade!

Sem esmorecer agora!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: Benedito Fraga/ VipComm

7 Comments

  1. O modelo Unimed é muito discutível, mas para mim tem sido benéfica para o Fluminense, um clube que se fosse uma empresa já teria falido por conta dos mais de 20 anos de gestões anteriores a esta, nefastas ao clube.

    Este modelo permite que o Fluminense faça times competitivos e permitiu a Copa do Brasil, dois brasileiros, uma final de Libertadores e ida constante à competição sul-americana e que no caso da gestão atual esta pudesse ao mesmo tempo tocar o equilibrio financeiro do clube.

    ***…

    1. Com certeza Caldeira,
      sem ela não teríamos conseguido os resultados, mas passar bem ou passar mal, tudo na vida é passar. O que é importante é analisar sistematicamente a joint venture de forma a melhorar o custo/benefício ao máximo para o FFC. Atualmente, isto é, desde o tetra até agora, a coisa não anda nada bem das pernas pro nosso lado.

      ST

  2. Caldeira,
    perdemos o ano?! Sim. Mas a perda se deu no BR2012, quando entregamos de lambuja os recordes tão importantes para os torcedores vivos e por nascerem, meu Deus, quando vão entender que o cerne do negócio é o coração do torcedor? Na festa, era o hora do único que poderia fazer isto (Presidente) reunir rapaziada (executivos, CT e jogadores) e dizer que tínhamos de conquistá-los, sob pena de reavaliar todo o projeto. Será culpa do modelo de joint venture? Continuo depois, limitação…

    1. Já ouvi que todo o Futebol (Dirigente, Executivo, Técnico, quase todos atletas, etc.) são pagos por CB. Isto não pode funcionar e nem é gestão compartilhada… Pior, certa vez num boteco, peguei de orelhada conversa alheia de desconhecidos, que um ão nosso, que vivia de favores, anda muito bem de vida, que galgou à postos elevados, hoje vivendo muito bem, por ter escondido em sua casa os ingressos da final da LA, e que hoje é $ UNIMED. Pronto, falei, caguei e joguei no ventilador, dane-se…

  3. Não podemos esquecer 2013, não! Temos que lembrar sempre para não repetirmos esses erros de planejamento no futuro. Onde achamos que o time campeão não precisaria de reforços. Ledo engano, precisávamos muito para manter os titulares de olhos bem abertos

  4. Exatamente! 2013 acabou em Agosto, e da forma mais sofrivel possivel.

    O que nos resta, por incrivel que pareça, é terminar o ano sem sustos pois estamos à beira do Z4 no brasileirão.

    Não me lembro de um time campeão nacional passar por um ano tão ruim na sequencia do título.

    Não tem jeito: ou vivemos no céu ou no inferno… o Fluminense ainda me mata!

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