Tricolores no “Jardín de América” (por Paulo Rocha)

Após um cenário de incerteza, mudança na logística e a natural apreensão que antecede as partidas fora de casa, o Fluminense terá na noite desta quarta-feira, na Colômbia, um desafio à altura de sua grandeza. Vencer o Santa Fé é muito importante para as aspirações tricolores na Libertadores. E temos condições de conseguir.

Com a impossibilidade de realização na capital Bogotá em razão da Covid, o duelo foi remarcado para a cidade de Armenia, onde a altitude é bem menor. Uma dificuldade a menos para Fred e sua turma no Estádio Centenário, conhecido pelos colombianos como “El Jardín de América”.

Todo mundo sabe como são os jogos da Libertadores: é pau puro, disposição, obediência tática temperada com valentia. Saber aproveitar os espaços que o time da casa proporcionar, não cair na tradicional catimba. A imposição física precisa ser igualada. Ou seja, é guerra.

O grande problema que venho constatando nos jogos do Fluminense, seja com o time titular ou mesmo o alternativo, é que o rendimento no primeiro tempo não é bom. Isso representa um risco enorme. Deixar para resolver tudo na segunda etapa é matar o torcedor de ansiedade. E nem sempre haverá condições para tal.

NA ILHA, OUTRO DESAFIO

Sucedendo ao embate pela competição continental, teremos o primeiro jogo da semifinal do Carioca contra a Portuguesa, na Ilha. Creio que, neste compromisso, o técnico Roger Machado mandará a campo a mesma equipe alternativa que goleou o Madureira. Tá de bom tamanho.

Será uma partida emocionante, com certeza. A Lusinha é encardida e estamos com ela atravessada na garganta desde os 3 a 0 que aplicaram em nosso time sub-23, em pleno Maracanã. Agora, o Fluminense tem obrigação de vencer e encaminhar a vaga na decisão estadual. Esse título, para nós, é uma questão de honra.