Trancos e barrancos… (por Walace Cestari)

mas andando pra frente…

trancos

Mais uma rodada, mais longe da zona perigosa. Incrível como passamos a metade do campeonato olhando para baixo! Mais interessante ainda ver que, por mais que estejamos nos afastando um pouco da parte fatal da tabela, ainda temos muito dos problemas do início do ano. O time ainda não vem jogando bem e a crise técnica de boa parte dos jogadores continua. Não apresentamos uma organização tática reconhecível e ainda tomamos sustos demais.

Entretanto a postura mudou. Vemos o brilho nos olhos dos jogadores, a disposição para se doar em campo. É um elenco que poderia muito mais, mas que aprendeu que hoje o que podem oferecer de melhor é a disposição. Os ansiosos críticos, arautos antecipados de nossa desgraça, desconversam sobre a recente reversão na tendência do Fluminense. Não perdemos há cinco jogos, acumulando três vitórias e dois empates.

Luxa não tem sido o mago em que muitos apostavam, mas tem se dedicado muito ao time e mexido bem durante os jogos. Inclusive com a coragem de fazer as alterações no tempo certo, mesmo que isso signifique expor-se às críticas ferozes da imprensa. Sem medo de substituições ainda no primeiro tempo ou mesmo aquelas em que fica nítido que o comandante assume o erro na escalação. Se falta bruxaria, sobra coragem e vontade de acertar.

O Flu não caminha em rua asfaltada, anda sujeito a buracos e tropeços. Aliás, boa parte (ou seria má parte?) da imprensa espera e torce por isso. A vocação do Tricolor é a de calar esse tipo de gente. Mas não podemos nos enganar: ainda falta muita coisa para a equipe que realmente desejamos. É bom ver os guerreiros de volta, mas precisamos de um conjunto consistente tática e tecnicamente. Não navegaremos em mares tranquilos daqui até o final do campeonato, mas parece que nosso barco sobreviverá a algumas das tempestades previstas.

Em meio a tudo isso, os bastidores do clube vivem dias agitados. A movimentação política é intensa e surgem de lá ou de cá candidatos, possíveis candidatos, apoios, vetos e muitas outras histórias. No geral, mais da metade do que circula em política como certo é mero balão de ensaio. Não sei quantos candidatos devem vir à presidência, não sei se o patrocinador realmente apoiará uma reeleição nem mesmo se há tantos grupos interessados assim em posicionar-se claramente diante de todos.

Sei o que farei como sócio. Respeito qualquer oposição, pois parto do princípio que são tricolores como eu e que são preocupados com o sucesso do clube. Lerei todas as plataformas e propostas, até para que eu possa saber mais sobre o que se passa em outras rodas, mas inicialmente, eu apoio a reeleição de Peter Siemsen.

Faço-o conscientemente: reconheço o esforço pela recuperação financeira do clube, pelo cuidado com a história e memória do Fluminense, pela verdadeira revolução do espaço das Laranjeiras e pela aproximação com o torcedor, pelas ações preocupadas em valorizar a torcida como maior patrimônio das três cores. Mais que os resultados em campo – que envolvem uma série de outras variáveis –, tenho orgulho da recuperação de nosso nome, grandeza e orgulho. Por isso, a menos que me convençam do contrário, eu voto Peter.

peter lancenet

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

imagem: google.com/ lancenet

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