Marcar o Conca! Marcar o Conca!

Foi uma das justificativas, com irritação, é claro, mais ouvida da facção da imprensa-torcida, para explicar o passeio no Fla x Flu: “…tem que marcar o Conca, se não…”.

Não é tão simples assim. Aliás, é uma das tarefas mais complicadas marcar um jogador do estilo do Conca. Independentemente de onde está a bola, o pequeno notável está a poucos metros. Aos 40 e poucos minutos do segundo tempo do clássico, ele estava dando um carrinho na área do Fluminense para roubar uma bola e iniciar um contra-ataque. Todas as jogadas que ultrapassavam a linha central do campo eram organizadas por Conca ou, então, o jogador estava na linha da bola. Não houve uma tentativa de conclusão ao gol de Felipe em que ele não estivesse dentro ou próximo a grande área rubro-negra.

Deslocar alguém para acompanhá-lo por todo o campo? Marcá-lo por zona? Óbvio que ele não é “imarcável”, mas a dificuldade em anulá-lo deve ser usada dentro da estratégia de jogo. O argentino é inteligente o suficiente para se movimentar e confundir as peças do tabuleiro e, também, há limitações nos bancos de reservas dos adversários para repor marcadores exaustos.

Fred, Walter e Michael

Pipocam os comentários sobre a possibilidade, ou não, de o time titular ter, na frente, a dupla Fred-Walter. Em princípio, acho que é possível sim. Por que não? O Walter, apesar do peso, sempre se movimentou muito, inclusive, pelos lados do campo. É uma peça de muita qualidade para deixá-lo no banco e substituir, eventualmente, o Fred ou ser lançado quando o time estiver no desespero. Michael, sim, seria o reserva do Fred.

Imagino um meio-campo formado por Valência, fazendo a função de terceiro zagueiro quando o Fluminense é atacado, Jean, Conca e Rafael Sóbis. Walter partindo da intermediária para dentro da área adversária e Fred na sua posição tradicional. Para quem gosta daqueles códigos táticos, seria um 5-1-1-2-1: 5 (linha de zaga mais o Valência), 1 (Jean), 1 (Conca), 2 (Walter e Sóbis), 1 (Fred ou Michael).

Mais Fred

Estranha toda essa situação que cercou a volta do atacante aos campos, depois de quatro meses, e sua saída para “ganhar condicionamento”. Depois, essa contusão grave, que o deixaria fora por dois meses, e, de repente, virou um descanso de final de semana.

Acho que os interesses da Seleção estão sobrepondo-se aos do Fluminense. O atacante está se preparando para jogar a Copa e não por seu time. Até entendo todas as nuances da questão, mas, se minhas suspeitas são verdadeiras, o clube não pode ficar prejudicado, nem exposto publicamente com o disse me disse.

Ainda Fred

A mesma facção da imprensa-torcida que ficou indignada pela liberdade do Conca em campo no Fla x Flu, está em campanha aberta pró-Hernane na relação de Felipão. Paralelamente, repete exaustivamente: “a que ponto chegamos! uma seleção que já teve Romário, Ronaldo, para ficar nos mais recentes, e, agora, não tem ninguém!”.

Como é que é? E a Copa das Confederações? Essa turma não vê futebol? Ou é aquela velha e eficiente estratégia de repetir uma mentira mil vezes?

Entendo a preocupação com relação à condição física de Fred, mas não quanto à qualidade técnica, conforme dizem. Em condições, atende à necessidade do time de Felipão. Quanto aos seus reservas tradicionais, ou pretensos, concordo que estão muito aquém.

Cadê?

E as suspeitas de crime na escalação irregular do Heverton? Ainda estão investigando ou descobriram algo que é melhor deixar a coisa morrer? Essa estratégia já foi utilizada em 1997 com o escândalo Dualib-Petralha-Ives. Coincidentemente, a Geni da história era a mesma.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Foto: lancenet.com.br

Revisão preliminar: Rosa Jácome

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