Quem viu não se esquece.

Tato fez parte daquele time de anônimos admiráveis, imediatamente alçados à fama e sucesso nacionais pelo Fluminense nos anos 1980.

Integrou uma das equipes mais vitoriosas do Tricolor em toda a sua história.

Tato tem grande importância no sucesso daquele time.

Era um jogador de grandes recursos técnicos na ponta-esquerda, dribles, arrancadas, mas também era um pioneiro na polivalência em campo. Hoje seria chamado de jogador completo: sabia compor no meio-de-campo criava, passava, combatia. Enfim, colocava todo o seu grande talento a favor da equipe.

Tato jogou demais na temporada de 1984. Foi decisivo para os grandes títulos conquistados pelo Flu, o Carioca e o Brasileiro daquele ano. É mais do que justo louvarmos heróis como Assis e Romerito, mas é preciso realçar a importância de Tato em sua trajetória tricolor.

Para piorar a situação dos adversários, muitas vezes Tato acabava com o jogo e ainda deixava um requinte de crueldade final: Paulinho entrava numa correria absurda, também cheia de talento, e levava os marcadores já esgotados à loucura. Basta dizer que Leandro, um dos maiores jogadores de todos os tempos, foi expulso num Fla x Flu por conta disso, caso raríssimo para um jogador que só ia na bola.

Hoje Tato completa 60 anos. Suas grandes atuações pelo Fluminense estão próximas dos 40 anos, mas ainda são muito atuais. Todos os torcedores que o viram jogar não têm dúvidas: foi um dos melhores jogadores do clube desde então.

Aquele time que começou humilde e timidamente no Campeonato Carioca de 1983, e depois se estendeu por praticamente toda a década, ainda é muito marcante para todos os torcedores que hoje tem mais de 45 anos de idade. Tempos de um Fluminense talentoso, vibrante e, definitivamente, vencedor.

Tato é um personagem fundamental nessa história. Precisa ser valorizado à altura de sua enorme categoria como jogador. Ele é uma página eterna do Fluminense.

Colaboraram Marcelo Diniz Gomes (PANORAMA) e Valterson Botelho (Ídolos Tricolores).