A sujeira por debaixo do tapetão (por Crys Bruno)

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FLA-FLU

O gol de Henrique estava impedido e, se eu gostasse de vencer ou evitar derrotas com lances irregulares, torceria para o Flamengo. Não gosto. Nem quero. No entanto, a questão não foi o impedimento. Este seria mais um erro de arbitragem, algo comum em praticamente todos os jogos do Brasileirão.

A questão foi uma absurda interferência externa, veementemente proibida pela International Board, o órgão máximo que regulamenta o futebol no mundo. Leis, regras e regulamentos são remédios para evitar as barbaridades, a injustiça, a terra de ninguém.

Mas qual é a dificuldade da imprensa esportiva e torcedores de outros clubes em entender que um “resultado de campo” conquistado com irregularidade não é legítimo, tendo sido o Fla-Flu ilegal? Resposta: a cor da camisa do clube que foi beneficiado e o que foi prejudicado.

Qual a dificuldade em lutar pela imagem do Fluminense, mais uma vez escolhido como “boi de piranha” para que uma ilegalidade e seus autores diretos e principais sejam protegidos e esquecidos? Resposta: uma diretoria frouxa, que chega a pedir desculpas a um repórter da Globo (Eric Faria), que fez uma reportagem para atender aos interesses do clube beneficiado com a interferência externa (Flamengo) causadas pela empresa onde ele trabalha.

Na Europa, seguindo a determinação da mesma International Board, os responsáveis pela transmissão da partida seguram o replay, só repetindo o lance após a definição do árbitro. Aqui, não.

Mas o futebol brasileiro é paraíso para a manipulação; afinal, descobriram que, caso o Fluminense esteja envolvido se pode rasgar o regulamento, jogando a sujeira deles por debaixo do tapetão e vemos o Flu, novamente, servindo de boi-de-piranha dos “honestos” e “justos” manipuladores do futebol brasileiro.

E sabe o que mais? O STJD irá manter o placar do jogo.

DERROTA MAIS DURA

Sem interferência externa da arbitragem, com interferência externa das escolhas equivocadas do Levir, a derrota mais dura foi para o São Paulo. Um banho de água fria.

O comandante tricolor acertou em abrir mão dos três volantes e pôr mais velocidade ao ataque. O time chegou a vencer três partidas seguidas e tudo, mesmo cometendo o maior dos crimes que é impor aos dois melhores jogadores, Scarpa e Wellington, um dever de marcação incoerente, que desgasta mais que ajuda.

Vencendo por 1 a 0, quando Levir perdeu Marcos Jr, logo optou por um meio-campista (Marquinho), e desestruturou o time: perdemos poder de ataque e contra-ataque. Com isso, o São Paulo que, perdendo, colocou mais jogadores ofensivos, veio para cima, o meio campo que é nosso calcanhar de Aquiles porque nem marca bem nem cria, foi engolido, e estourou na zaga, que teve o horror de ter um Giovanni e um inaceitável, inacreditável Igor Julião, ao lado atrapalhando.

Nosso elenco é fraco? É. E foi extremamente mal montado por Bittencourt e Fernando Simone. Mas, a pergunta é: os elencos do Botafogo, Atlético-PR e Corinthians são melhores que o nosso? Levir não é devidamente cobrado e faz um trabalho decepcionante para mim. E o pior: nem sei mais se está motivado já que deverá sair.

Enfim, há muita coisa errada para que algo dê certo, mas ainda dá tempo de voltar a vencer e beliscar uma bendita vaga para a Libertadores.

ELEIÇÕES NO FLU

Pessoal, semana passada, esclareci que não conheço a parte política do Fluminense o suficiente para me envolver, dizendo que conto com o discernimento da nossa torcida para eleger o próximo presidente.

Sete dias depois e duas situações novas me deram preocupação extrema por um lado e esperança por outro.

O candidato da continuidade da gestão Peter, Pedro Abad, tem restrições por conta do seu emprego público em exercer o cargo máximo do Fluminense. Não entendi essa do Peter. Claro que todos sabiam disso. Por que ainda assim o Abad foi escolhido?

Não estou suspeitando má-fé porque má-fé não se presume, somente gostaria de ouvi-los a respeito. Como Abad, se eleito, vai lidar com a restrição? Quem irá representá-lo quando ele não puder ir? Os eleitores precisam saber sobre isso antes das eleições.

Falando às claras, se eu votasse, meu voto seria o chamado voto negativo, por eliminação, no menos rejeitado. Sou totalmente adepta da alternância de poder. Preocupa-me muito quando um grupo se instala muitos anos no poder máximo de uma instituição. Pelo péssimo trabalho de Peter com o futebol, diretamente, e meia década de total poder para seu grupo, evitaria votar no candidato da situação.

No contraponto, no entanto, dois senhores que tenho absoluta restrição: Mário Bittencourt, pelo mais desastroso trabalho como vice de futebol que vi há 30 anos que acompanho, com contratações estapafúrdias de jogadores e técnicos bizarros; e Celso Barros, que, com o dinheiro da Unimed, dinheiro alheio, portanto, contratou grandes jogadores, sim, mas com supersalários e sem critério nem preocupação alguma com o encaixe do time, mais ligado na exposição midiática dos seus garotos-propaganda. Imagine seu critério para contratar sem o dinheiro da Unimed…

Mas eis que recebo uma mensagem, na segunda-feira, da Cristina Espíndola, grande tricolor e amiga. Ela me diz que ao lado do marido, Sergio Trigo – colunista deste PANORAMA -, conheceu, gostou e aceitou apoiar o Carlos Eduardo Cardoso.

Trigo e Cris são referências muito queridas para mim. Vê-los aceitando entrar na política, avessos que eram, me aponta que há uma luz no fim do túnel e ganhei simpatia pelo Cacá Cardoso.

Se não der para vencer que, ao menos, o Fluminense conquiste uma oposição, fundamental para a saúde do clube e que não existe há anos. É necessário uma oposição forte para que a situação, pressionada, saia da zona de conforto e aja. É o mais salutar.

– Domingo é contra o Coritiba, às seis e meia da tarde e eu ainda não joguei a toalha. Motive-se, Levir: ataque!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: bruc

 

8 Comments

  1. Oi pessoal, perdoe-me a demora na resposta.
    Muito obrigada pelo registro e desabafo de todos.
    Muito importante a gente se mobilizar. Sabia que o STJD iria manter o resultado. MInha fonte? 30 anos acompanhando o futebol brasileiro rsrs
    Abraços a todos.
    ST

  2. ST**** Crys

    Também eu por eliminação cheguei ao Cacá.
    Não por conhecê-lo, mas por conhecer as alternativas.
    E minhas razões assemelham-se às tuas.

    Quanto ao urubu, STJD, CBF (Conluio de bandidos & Foragidos) e a tal da Grobu;
    as opções não se encontram em Pindorama: FBI, PJ, Scotland Yard…
    … que para criminosos o assunto é polícia!

  3. A propósito, sou sócio proprietário, irei votar no Cacá mas não tenho nenhuma ligação política com grupo nenhum.

  4. É isto aí, fora Peter, fora Mário, fora Celso, Abad que volte para a mordomia de seu emprego Público. Vamos de Cacá.

  5. Stjd fez o trabalho sujo pra emissora que transmite e agora também apita os jogos.

    Colocaria um sub 23 pra terminar o campeonato e começa a planejar 2017.

    ST

  6. . Daqui de longe também considero ( por eliminação ) o Cacá o melhor para o Fluminense. Precisamos acabar urgentemente com esta pasmaceira no futebol, mas sem as maluquices financeiras que já nos levaram pro buraco. ST.

  7. O Catalano achou a chave que abre a porta dos intenções inconfessáveis, por detrás da tão súbita competência global, que foi a causadora de toda esta confusão no Flu x fra.
    Querem mostrar que podem ser as imagens para dirimir dúvidas no ano de testes de 2017.
    Qual melhor jogo pra fazer isso, o protegido dela contra Nós.
    O mais tudo do brasil, contra o time de tapetes, quem vai contra a platinada???
    Canais que lhe devem?
    “Profissionais” que sonham trabalhar para a mesma???

    ST

  8. …É isso ai. Não sabia disso e sempre pensei desta forma. Aqui também deveria ser assim. O lance duvidoso não deveria nunca ser repetido antes da decisão do arbitro. Medida simples que deveria ser tomada pela CBF. Acabaria com muitas confusões. Nossos árbitros são muito FROUXOS não tem PERSONALIDADE e se ligam em cor de camisa e em muitas ocasiões são “caseiros”

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