Sobre as eleições no Flu (por Márcio Machado)

Aprovadas no sábado passado as novas eleições tricolores, quero fazer um exercício de reflexão sobre os últimos movimentos políticos no clube para que, mais à frente, os leitores dessa coluna possam fazer sua melhor avaliação.

Não dá para dizer qual a melhor opção se ainda não temos candidatos oficiais, mas é fato que todo mundo já foi poder e oposição nos últimos anos, e nem sempre o objetivo de todos os grupos é um clube de futebol forte e social de alto nível.

Seja Mário e seu grupo de seguidores, seja Celso e seu grupo de correligionários, ambos têm uma imagem fortemente construída como verdadeiros preocupados com o futebol e com competência, ao contrário das forças do mal da Flusócio. Porém, infelizmente o mundo não é simples como na ficção da propaganda mal disfarçada de opinião: Celso saiu porque acabou o dinheiro dos outros mal gerido por ele na Unimed, e Mário brigou com os atuais gestores às vésperas da eleição anterior quando percebeu que não seria o candidato governista.

O modelo Unimed com muito dinheiro até deu algum resultado, mas ao não se preocupar com gestão e ser irregular nos investimentos, foi muito aquém do que poderia ter sido, vide o caso Palmeiras tanto ontem como hoje. Levando-se em conta a lida de Celso como gestor epela experiência do mesmo com jogadores e empresários, não descarto que possa ser um bom vice de futebol, mas a presidência seria um verdadeiro salto no escuro.

Doutor Mário Bittencourt é outro problema. Um dos piores vices de futebol da história em número de derrotas, com supostas relações conflituosas entre o agenciamento de jogadores e a vice-presidência, que era diretor estatutário do clube e ao mesmo tempo empregado, que adorava a Flusócio até ser colocado de escanteio por ela e que, agora, articulou-se com ela para atropelar o que previa o estatuto. Sinceramente, são problemas demais para mim.

Já o grupo Fluminense Unido e Forte, que, como eu sempre digo, não é tão unido nem tão forte assim, mas ao menos parece ter princípios, não à toa tem sua subida boicotada pelo pessoal descrito acima, parece que virá com Pedro Antônio de candidato. Por sua vez, este se associou ao péssimo Peter mas, na prática, conseguiu apresentar o único resultado admirável daquela gestão em termos de estrutura. Se tem força eleitoral neste arranjo atual o tempo dirá, mas parece improvável.

Quanto à Flusócio e os Esportes Olímpicos, o fato de ambos terem apoiado a mudança no estatuto me indica o que eles representam na eleição. Por mais que não tenham candidato (e nem têm condições mesmo), é importante o sócio estar atento a qualquer indício de aproximação deles com as chapas que venham a ser constituídas.

Este mês é fundamental para o futuro do clube. Sócio Futebol, não se abstenha do seu direito. Exerça-o com responsabilidade; só assim a verdadeira prioridade do FFC será o futebol.

ST.

Panorama Tricolor

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