Já que vivemos a pasmaceira de dias e dias sem futebol, o jeito é tentar inovar. Encher linguiça. Passar o tempo.

Por favor, se você não é covarde nem idiota, abandone estas linhas. Elas hoje são dedicadas a uma minoria que só faz barulho quando rumina.

SÓ PARA OS IDIOTAS, por favor. Uma anticoluna.

Você, pessoa de bem, não ultrapasse a linha preta pontilhada (?). É um pedido.

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Não vai ter nenhuma contratação impactante. Nem polêmica. Tédio até o Brasileiro que, hoje, não promete muito para o Fluminense, o que não significa muito porque, em futebol, as coisas podem mudar num estalar de dedos, desde que Deus e os dirigentes ajudem.

Não vai ter nenhum hit político num clube que, definitivamente, não consegue fazer com que os tricolores se entendam. Boquinha que sai, boquinha que entra, a diferença está entre os tricolores de verdade – que servem AO clube – e os picaretas – que se servem DO clube -, pouco importando o que é governo e protesto. Há pessoas admiráveis e escroques dos dois lados, em quantidade. E a vocação de uma faixa de Gaza de… merda, que leva do nada ao lugar nenhum. Os jênios aplaudem.

Por favor, reitero: esta não é uma coluna para pessoas legais, maneiras, tricolores que conhecem a história do clube no campo, nas arquibancadas e nas rodas. Que buscam o bem, um Fluminense melhor. Gente que viveu o Tricolor mesmo. Unidos por um Flu forte? Tem besta que torce o nariz.

É uma coluna para amadores. Boçais. Os mentalmente decadentes, que felizmente formam uma minoria na torcida do Fluminense, não menos desagradável e de mau odor por isso. Dá pena.

Gente deslumbrada com pequenos poderes fúteis, incapazes de cativar alguém além de um completo idiota em frente ao espelho. Narciso acha feio o que não reflete.

Gente recalcada. Nada pode ser pior do que o recalque de um homem, ainda mais por causa de outro homem. Não confundir o rancor do recalque com viadagem, são coisas diferentes. A pederastia, concedida entre as partes, é direito do par ou da turma – cada um sabe de seu oritimbó. O recalque não: ele é mesquinho, egoísta, individualista. E oco. Podre.

Gente que torce pelo fracasso alheio, capaz de nivelar tudo por baixo e mascarar a mediocridade individual.

Homem com ciúme de homem que gosta de mulher.

Os e-covardes. Como um ou outro bundão que calunia os outros na fantástica internet, para depois se escorar nas costas de terceiros.

Um e-bundão.

Eletronic bundamóli.

Nunca viram a fome de perto, a morte de perto, nunca bancaram o próprio feijão e pagam de deuses da moral ilibada.

Incapazes de realizar um único cálculo sofisticado que seja, conhecem todos os modelos econômicos.

Nunca administraram nem um puteiro num quitinete do Rajá e tome MBAs de merda para um lado, pose blasé do outro. “Ninguém sabia nada antes, eu é que sei como se faz”. Sabe o quê? Essa merda que aí está, rancorosa, possessiva?

Não têm talento para porra nenhuma e vibram quando alguém malversa o talento alheio. O estandarte de ouro da pequenez. Destruir é mais fácil do que aplaudir. O mais amador se finge de mais profissional. Mentir é preciso.

Essa é uma coluna só para os covardes. Os e-covardes e e-bundões. Os javalis com novas ocupações no mercado, tais como “analistas de postagens”. Quer coisa mais ridícula? É muita falta de sexo…

O espone: especialista de porra nenhuma.

Sabem tudo de Fluminense, desde que seja absolutamente inútil. Lembra daquele bobalhão que só fala coisas “difíceis” e confunde o sofisticado com o pernóstico? Por aí.

E-covarde, e-bundão, e-babaca. Zumbis da ignorância deitados no berço esplêndido da arrogância, destaques no abre-alas da empáfia. Dez minutos de cortejo fúnebre no Caju e poderiam avaliar como tantos senhores de peito estufado – e expressões de nojo – viraram esqueletos em caixões dentro de mausoléus cinzentos, pesados.

O bundão é fácil de localizar. Ele acusa sem argumentar, tem certeza sem estudar e confunde autoconfiança com teimosia. Com muito esforço em suas ices (bundamolice, puxa-saquice, pela-saquice), acaba um dia parando num clube de futebol, seja como funcionário bem remunerado ou até com cargos e títulos de nobreza. Quem disse que o dinheiro e/ou o poder alijam os idiotas do playground? Jamais.

Escrevi apenas para os covardes e boçais. Uma anticoluna. Um exercício diferente e para pouquíssimos leitores.

Natural que quase ninguém leia.

Não é o público deste PANORAMA.

Se você não é covarde nem idiota, me deve desculpas. Eu avisei antes para não descer até aqui. Mas já que veio, tome este texto como uma sonora gargalhada minha, tua, nossa. Ainda vamos rir disso tudo, tenha certeza.

E obrigado por não acreditar em mim.

Enquanto isso, quem é ruim morre sozinho. Um ano passa num segundo. Quem hoje chicoteia e ri, amanhã pode levar no lombo. As voltas do mundo.

Muitos mauricinhos otários, que passam e acham graça, só estão aí na atividade porque, numa noite em Barueri, um preto de atitude lhes salvou as vidas vazias. Mas não aprenderam a lição. Compreensível, de acordo com a constituição otariana.

A vida não perdoa os de má fé, os traidores, os omissos, os insensíveis, os que não jogam em equipe, os que jogam baixo. Os falsos.

Ela cobra a conta mais cedo ou mais tarde.

O Fluminense também.

Se, um dia, um plebeu virar rei, é melhor sair da frente. Vem chapa quente.

Vinte e três de abril. Salve Jorge, o cavaleiro que melhor combateu a frouxidão.

Dedicada a todos os idiotas que perdem seu tempo com inveja do talento alheio. Não tem jeito: só nascendo de novo – e com sorte.

Panorama Tricolor

Imagem: pra