Sem desespero, Fluzão! (por Paulo Rocha)

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Derrota é derrota e nada nos livra de, no dia seguinte, acordar de cabeça inchada. Porém, o revés para o Santos, na Vila Belmiro, não é motivo para desespero. Ao contrário, serve para baixar um pouco a poeira após a boa sequência que o Fluminense havia conseguido nessas últimas do Campeonato Brasileiro. E mostrar que precisamos seguir em frente.

A verdade é que, com a “criação” do G6, aumentamos nosso nível de expectativa e de cobrança. Se antes a zona de classificação para a Libertadores parecia um sonho distante, o aumento das vagas para a competição internacional nos fez, ainda que de forma inconsciente, tornar a obtenção da vaga pelo Tricolor uma obrigação.

Sobre o jogo em si, não há muito que falar. Enfrentamos um adversário forte (ainda que desfalcado de seu principal jogador, o Lucas Lima) dentro de seus domínios e jogamos, na maioria do tempo, de igual para igual. Desta vez, contudo, erros nossos propiciaram os dois gols do rival – o primeiro, numa bola perdida por Wellington; o segundo, num erro coletivo de toda a defesa temperado com o mérito da antecipação de Ricardo Oliveira, matador nato.

O importante é que, devido à gordura que acumulamos nos jogos anteriores, não perdermos a quinta posição na tabela. Por isso lhes digo: nada de desespero. O próximo desafio será o Fla-Flu e, nele, temos duas responsabilidades: voltar ao caminho das vitórias e atrapalhar a caminhada rubro-negra. Não são dois saborosos ingredientes?

É preciso encarar o clássico de cabeça erguida, sem medo. Tal qual fizemos no primeiro turno, quando éramos apontados como zebras e vencemos diante de uma incrédula plateia de urubus potiguares. Nada de desânimo. A melhor das vitórias é sempre a próxima. Ainda mais quando se trata de Fla-Flu.

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Ainda que um pouco atrasado não posso deixar de parabenizar as Guerreiras Tricolores pelo título do Campeonato Carioca feminino de vôlei. Conquista épica diante de um rival, até então, imbatível no Estado.

Além disso, ver o ginásio das Laranjeiras lotado em jogos que precederam a grande decisão me fez viajar no tempo. Quantas vezes, quando jovem, eu brinquei naquela quadra, joguei bola, pulei carnaval (quantos beijos, namoradas)…

O Fluminense, para mim, é muito mais que um clube; é parte da história de minha vida.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc