Se gritar pega ladrão (por Marcus Vinicius Caldeira)

Chamem o ladrao

É chato ter que falar nisso. Sonho um dia em que no futebol brasileiro a discussão sobre arbitragem seja esporádica. Por enquanto, no campeonato brasileiro, é padrão. E tem comentarista, jornalista e toda a sorte de gente que ainda usa a hipocrisia da “necessidade da discussão de bar, de fim de semana” para referendar a aberração que é ter resultados definidos pelo trio de arbitragem.

E o engraçado é que uns times são mais beneficiados que os outros com os sucessivos erros. Aí gera-se a dúvida da lisura da arbitragem. O Corinthians é um desses que contam com o beneplácito da arbitragem, historicamente. Jogando em casa, então, eles jogam com quinze: os onze em campo, a torcida (que empurra mesmo) e mais o trio de arbitragem. Aí é mole!

Para começar, um lance que boa parte da imprensa está ignorando solenemente. O pênalti claro de Anderson Martins em Fred quando o jogo estava zero a zero. O zagueiro adversário agarra claramente a camisa do camisa nove do Tricolor. Para o péssimo árbitro, lance normal. Mas pior que a arbitragem é a imprensa. As argumentações para defenderem que não existiu penalidade são as mais estapafúrdias possíveis. Um gênio da Sportv chegou a dizer que o jogador de futebol não é boneco de totó para ficar com o braço sempre junto ao corpo. Inacreditável.

Depois, quando o jogo estava um a zero para o Fluminense, num lance de bola parada, Henrique recebe livre e em condição legal chuta pro gol, mas o bandeirinha anula alegando impedimento. Nem o Fred, que estava no lance e mais à frente que o Henrique, estava impedido. E não dá nem para justificar que o lance era corrido – e, por isso, difícil para o bandeirinha – pois foi lance de bola parada.

Em parte, o Cristóvão está certo: “Precisamos profissionalizar a arbitragem”. Ma, não é só isso. Precisamos da tecnologia, do desafio como existe no futebol americano, no tênis, no vôlei. E precisamos que os que comandam o futebol brasileiro entendam que o campeonato será muito mais valorizado quando a arbitragem for idônea.

A verdade é que ganhamos o jogo, mas, não levamos porque o bandeirinha e o árbitro não deixaram.

Fizemos um excelente primeiro tempo, jogando pra frente, não deixando o Corinthians tomar conta da partida. Diguinho e Jean fizeram excelentes partidas no primeiro tempo. Marcando muito bem e se apresentando na frente.

Klever precisa treinar mais as saídas em bolas cruzadas. Falhou umas três vezes, o que poderia nos ter custado a derrota. Mas no cômputo geral foi bem.

O Fluminense no primeiro tempo teve chance com Jean em chute de fora da área, mais o pênalti não marcado no Fred. Foi pouco, mas teve o controle do jogo. Ainda tomou uma bola no travessão. Porém aos quarenta e dois minutos, Wagner recebeu pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado por Gil. Pênalti bem marcado e convertido com Fred.

Porém, o segundo tempo o jogo virou pro Corinthians, que encurralou o Fluminense na defesa e este não tinha saída em contra-ataque por conta da lentidão de Fred e Sóbis.

De tanto martelar, o adversário achou o seu gol de empate em bela jogada do Renato Augusto, que acabara de entrar, e com finalização de Romarinho. Dois minutos antes, o Fluminense teve o seu gol mal anulado.

Cristóvão ainda tentou dar velocidade no contra-ataque tirando Wagner, colocando Carlinhos e avançando Chiquinho. Ainda colocou Kennedy e Scarpa nos lugares de Chiquinho e Sóbis. Mas, de bom, só um ataque com Fred que cruzou rasteiro, que Conca não chegou na bola a tempo para marcar.

O Corinthians continuou na pressão, mas o Fluminense segurou o empate.

Achei até o resultado normal. Mas o Fluminense poderia ter saído com a vitória. E saiu. Só que a juizada não deixou.

Até quando?

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O time do Corinthians é tão nojento que nem fair play respeita.

O Wagner caído e os caras não pararam a jogada realizando o último ataque do primeiro tempo.

Abominável.

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E o torcedor corinthiano escondendo a bola, como se não existissem câmeras e estas não registrassem a cena de falta de caráter, má fé e de um ridículo gritante.

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Mudemos o hino do Corinthians:

“Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão… Se gritar pega ladrão, não fica um”.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: google

SPRIT

 

1 Comments

  1. Caro Caldeira, concordo com quase tudo. Isto porque creio que a pergunta a ser feita deve ser: O QUE VAMOS FAZER EFETIVAMENTE. Passou da hora de nosso Fluminense se comportar como clube mediano nestas situações. Temos que ser respeitados como Gigantes que somos. Esta história de oficiozinho à CBF jamais resultou em nada. A hora é de juntar farto material existente e apelar às instâncias internacionais, sejam a imprensa ou mesmo à FIFA. Chega de aguentar calados. À luta!!!

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