Santos 0 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

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Mesmo sem fazer gols, o Fluminense do primeiro tempo contra o Santos foi melhor do que na vitória sobre o Criciúma. Claro, o torcedor quer saber é de vitória. Mas foi melhor e talvez saísse vitorioso se fosse mais incisivo nas conclusões.

Inicialmente dominado pela corrida dos novos meninos da Vila, especialmente Gabriel e Geovânio, nos primeiros 15 minutos, depois o Flu se acertou, ocupou espaços, brigou de igual para igual e até conseguiu mais escanteios. Finalizou pouco, mas esteve sempre perto da área. No entanto, as chances mais perigosas couberam ao Peixe, inclusive a bola no travessão ao final da etapa.

Geovânio se machucou e saiu. Isso deu mais gás ao Flu, confiança também.

Cavalieri começou evitando gols. Wagner e Conca, sempre combativos, Edson e Valencia também – conseguisse regularidade física, o colombiano seria praticamente um reforço. Na frente, Walter caindo pelos dois lados e mais em movimento do que Sobis. Inegavelmente o time correu mais e, antes que qualquer fredete proteste, é uma questão simples: o artilheiro tricolor precisa de corredores a seu lado, além de ser obrigado a voltar como falso zagueiro, o que lhe aniquila fisicamente. Os números de Fred são bons, muito bem descritos pelo nosso Bolt ontem aqui, embora naturalmente favorecidos pelos excelentes coadjuvantes de 2009 até aqui. Fez falta na área do Santos, ao menos em dia de sim.

2.

O jogo continuou movimentado e alternado. Piorou um pouco em termos de passes e finalizações. Um perde-ganha até meia hora do segundo tempo.

Para tentar vencer, o Santos colocou Leandro Damião, tirando Gabriel, uma alteração mais convencional. Os mandantes atacando e o Tricolor respondendo nos contra-ataques: no melhor deles, Jean entrou livre pela direita, mas chutou mal.

Para os 15 minutos finais, Cristóvão resolveu mexer no time. O abençoado da vez foi… Kenedy, tirando Sobis, cansado mas lutador. Erros dos dois lados e nenhum engate. Era para desistir? Não.

O panorama do jogo parecia definido, mas imaginem: no último minuto um… cruzamento de Chiquinho à Lira 1995 para Edson, quase de carrinho, fazer papel de grande centroavante, marcar 1 x 0 e acender as esperanças dos corações tricolores mais sonhadores. Aleluia!

Chiquinho ainda perdeu gol feito no último lance. Carlinhos entrou e não se cansou, lógico. Existe vida tricolor no gramado sem a presença de São Fred. A Libertadores ainda é um sonho, mas a aplicação do Flu em campo valeu a pena. E o principal: com 48 pontos, a chance de algum susto maior tendeu a zero. De resto, sem hipérboles românticas de modo a atender os anseios de Wagner em relação aos companheiros – embora ele esteja sendo um cavalo corredor. O que vier é lucro.

Reiterando: esse magro 1 x 0 foi bem melhor do que os 4 x 2 do sábado passado. Matemática é sempre importante, mas não descreve todas as charadas do futebol. Por isso, todos estarão mais felizes no Maracanã daqui a três dias.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: pra

rádio

2 Comments

  1. Bom dia !! nessa hora é que só o “Sobrenatural de Almeida” pode explicar como uma vitória de 1 x 0 pode ser melhor do que 4 x 2 rs …

    ST!

    1. Simples, Roberta: a qualidade do jogo, a postura do time em campo, a vibração. Dos quatro gols de sábado, pelo menos dois tiveram enorme colaboração do goleiro do Criciúma. Vencemos. Que bom. ST.

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