Amigos, amigas, a derrota para o River não era algo imprevisível, mas era provável, assim como um resultado diferente era possível. Venceu o provável, embora o possível tenha se insinuado, apesar dos nossos problemas recorrentes. Consequência de um mau planejamento e de algumas decisões táticas duvidosas.
O River começou o jogo tentando pressionar o Fluminense, que não abriu mão de sua forma de jogar. Tiveram suas oportunidades, mas nós, também, tivemos as nossas. Não seria nada de absurdo se houvéssemos terminado a primeira etapa em vantagem, assim como não teria sido se tivesse ocorrido o contrário.
Isso, por si só, é um dado positivo, ainda mais se consideradas as circunstâncias da partida, em que o River jogava sua continuidade na competição, enquanto o Fluminense, no máximo, buscava a classificação antecipada. Tudo isso, com o River jogando com mais de 80 mil vozes a seu favor.
Escrevo sem saber, ainda, do resultado do jogo entre Strongest e Cristal, em cujo empate nos classifica antecipadamente, mas o principal a ser dito é que o Fluminense fez uma partida honesta, como ocorreu no último domingo diante do Bragantino.
Para fazermos mais do que isso, é preciso que tenhamos uma presença mais comezinha de algumas peças. Nem é preciso enumerá-las. Além disso, temos um problema crônico de dificuldade de aproveitarmos outras tantas. Mas isso é trabalho para Fernando Diniz.
A conquista da Libertadores é possível, mas isso demandará um pouco mais de sorte e melhores soluções táticas para o que temos de melhor no elenco. Guga na lateral esquerda é um acinte ao próprio jogador. Pirani, apesar da volúpia que mostrou em campo, não consegue dar lógica ao acabamento de suas boas iniciativas.
Enfim, não vou muito longe nisso, não mais do que já fui em outras crônicas. Exceto para dizer que o Fluminense, mesmo com os erros e desfalques, poderia ter até saído com a vitória hoje. Com menos lesões, se é que isso é possível, podemos pensar no título da Libertadores, mas há lacunas a serem supridas, não com improvisos, mas com desdobramentos de um planejamento que já não existe no Fluminense há décadas.
Saudações Tricolores!