Queremos outro Fluminense na decisão (por Paulo Rocha)

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Após as últimas pífias apresentações, somente o amor incondicional que sentimos pelo Fluminense nos faz crer que será possível superar o Flamengo nestes dois duelos decisivos e conquistar o almejado título de campeão carioca. Apenas esse sentimento, aliado à mística da camisa tricolor, mantém nossa fé e nossa esperança. Clamamos por ousadia, por valentia. Seria pedir demais?

Ainda custamos a acreditar como uma equipe que vinha tão bem, tão confiante, pode cair repentinamente de rendimento desta forma. Soberba? Acho que não. Impacto pela venda de Luiz Henrique? Discordo. Para mim tem mais a ver com o fato de os salários estarem atrasados. Quem levantou essa bola foi meu irmão – e sou obrigado e concordar com ele.

A postura covarde, acuada, denota falta de ambição. Abel, escalando três zagueiros ou não, parece ter perdido a voz de comando. Não consegue mais sequer mexer com os brios dos jogadores. O que se vê em campo é um bando desalentado, protegendo vantagens etéreas. Não um time de guerreiros, jamais. Insegurança que transparece a cada decisão equivocada.

Mudança de peças e de postura é o que a torcida exige. Chega a público que Marcos Felipe sairá do time para a entrada de Fábio. Até concordo, pois sou fã do veterano arqueiro, mas não seria uma tentativa de tentar segurar os rubro-negros até chegar a uma virtual disputa por pênaltis? E o ocorrido em Assunção, contra o Olimpia, ninguém se lembra?

Pois é amigos, quisera estar escrevendo essa crônica pré-decisão com o coração apertado, mas acreditando na conquista. Como encarar com otimismo esses Fla-Flus diante do que estamos vendo ultimamente? Que o gol de Cano aos 52 minutos contra o Botafogo seja um sinal de que o céu pode nos ajudar. Pois aqui, na terra, está difícil. Que nosso Fluminense possa renascer.