O Fluminense precisa de nós (por Paulo Rocha)

Estrear no Campeonato Brasileiro na casa do atual campeão. Uma missão ingrata para qualquer equipe, ainda mais para uma em formação. Mas o Fluminense, dentro do possível, jogou com honra contra o enjoadíssimo Corinthians. A lamentar, mais uma vez, a bobeira que demos nos minutos finais da partida.

Não, não tenho ambição curta, tampouco estou comemorando derrota. Apenas acho que, pelos jogos que vi na primeira rodada, não estamos em tanta desvantagem conforme a imprensa nos quis fazer acreditar. Tem vários times piores do que o nosso.

De qualquer forma, vencer o Cruzeiro, domingo, no Maracanã, é obrigação. Em que pese o valor do adversário. O time mineiro fará jogos vitais para sua permanência na Libertadores nesta e na próxima semanas. Podem até poupar gente – tomara que o façam com nosso velho conhecido Thiago Neves.

Nós teremos tempo para nos preparar, mas só venceremos se colocarmos em campo a disposição vista em algumas partidas desta temporada. E o principal: até o fim. Não dá mais para engolir perder com gols nos minutos finais. Está para lá de irritante.

Estarei domingo no Maraca. Vou com meu filho, que é pé-quente. Disse a ele: “Filho, o Fluminense precisa de nós”. É o que digo à torcida tricolor: o Fluminense precisa de nós. Vamos fazer a nossa parte, apoiar, incentivar. É nossa honra que está em jogo.

Seja qual for o time que Abel mandar a campo, sejam quais forem as substituições equivocadas que, porventura, ele possa vir a fazer, temos a obrigação de apoiar. Afinal, se exigimos que lutem até o fim, precisamos apoiar da mesma forma. Fazer a nossa parte.

Encerro a coluna em tom otimista. Se a equipe for guerreira como deve ser, vamos causar problemas para muita gente. Que continuem nos dando como candidatos a vexame. Vamos com fé, sem dar ouvido aos hipócritas. O Fluminense é grande demais para isso.


Panorama Tricolor

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Imagem: paro

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4 Comments

  1. Outro fator importante a considerar é a natureza de uma torcida com um intelecto acima da média. O torcedor comum vê na briga antropofágica dos que detém o poder no clube com um olhar que alimenta esta impaciência. A ausência de uma liderança capaz de sobrepor o jogo político do cotidiano,se posicionar com veemência contra as federações, e equilibrar os interesses do clube entre os rivais é a força motriz que nos faz sermos derrotados antes mesmo da bola rolar.

  2. Há sim uma impaciência, pois entre os grandes carioca é o que está mais tempo sem ganhar nada (nem Rubens’s League, várzea, totó, nada). Isso reflete principalmente nos mais jovens naqueles que nasceram neste século, ou seja, nem viram as glórias do passado muito menos a ameaça real de extinção. Mesmo nos mais velhos há um sentimento de euforia e decepção que caminham cada vez mais lado-a-lado num ritmo tão célere que muitos podem definir como ilusão.

  3. Pleno acordo. FFC precisa de nós em todos os segmentos: na arquibancada, na sede, nos conselhos, fazendo as melhores das políticas. A omissão, ou o ódio, ou a paixão são venenos para o próprio clube. Que venha o profissionalismo, por exemplo, como os ingleses praticam desde a década de 1990.

    Futebol brasileiro agora está na 3ª divisão do futebol internacional.

  4. Boa noite, Paulo. Tenho meus 65 anos, hoje moro em Curitiba e, jamais, por princípio, vaiei meu time. Isso, desde o Fla x Flu de 63. Não vou dar a melhor munição aos inimigos. Se vou ao estádio será sempre prá apoiar. Os meus “achismos” guardo pros “papos de bar”. Agora, hoje, a torcida está muito mudada. Quer tudo prá ontem. Todos se acham entendedores. Paciência inexiste. Quem vai não perdoa o erro. As vaias ecoam. Já não precisamos mais de adversários. É uma pena. Abraços tricolores!

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