Ponto de interrogação (por Mauro Jácome)

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A duas semanas do início do Brasileiro, o ponto de interrogação na cabeça de todo tricolor é a capacidade do elenco para a disputa do campeonato. Junto a essa pergunta, temos outras: qual a meta do clube? Ser campeão (sem aquele clichê: “entramos em todas as competições para ser campeão”)? Libertadores? Fazer uma campanha mediana? Lutar contra o rebaixamento?

Óbvio que, independentemente do objetivo interno, o que será falado para a torcida e imprensa será mesmo o clichê. Tudo bem, normal, nem poderia ser diferente, mas o que eles pensam a portas fechadas?

Eu, você, todos nós temos uma ideia da força do elenco e mais: temos noção dos concorrentes e fazemos análises comparativas. Vejo três grupos distintos: grupo 1 (Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Internacional), grupo 2 (Fluminense, Flamengo, Santos, Grêmio), grupo 3 (demais). O primeiro é formado com os times que possuem elencos mais qualificados, técnicos de ponta (o São Paulo terá um em breve), sistemas de jogo definidos. No papel, devem disputar o título. Depois, vem a turma que pode surpreender, para cima ou para baixo. Podem, com uma boa campanha, beliscar uma vaguinha na tão sonhada Libertadores. Também, podem degringolar-se e ficarem na parte de baixo da tabela. Por fim, os times que devem passar o resto do ano com a calculadora na mão. Também, teremos algumas surpresas com esse pessoal.

Com relação ao Fluminense, há um rol de deficiências que não o habilita para sonhar com voos mais altos. Além dos conhecidos problemas defensivos, o ataque está desfalcado. As saídas de Walter, emprestado ao Atlético-PR, e de Michael, suspenso até agosto, deixaram Ricardo Drubscky sem muitas opções.

Antônio Carlos e Magno Alves são os nomes especulados para reforçar a defesa e o ataque. Dentro desta realidade pós-Unimed, também conhecida como “vacas magras”, ambos poderiam melhorar os dois setores. Mesmo assim, não mudariam o time de patamar, somente dariam mais alternativas para Drubscky num campeonato cuja principal característica é exigir um grupo grande e qualificado. Abrindo um parêntesis, ouvi mais de um comentarista dizendo que não vê Magno Alves titular, mas reserva direto do Fred. Não. Magno Alves pode jogar, tranquilamente, ao lado do artilheiro. É um cara de velocidade, que sai muito da área. Aliás, seus gols acontecem com ele entrando em velocidade.

Vamos aguardar, mas um lateral esquerdo seria fundamental, pois Giovanni, muitas vezes, deixa o torcedor com saudades do Carlinhos. E isso é preocupante…

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: rolling bones/guis saint-martin

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