As perguntas que o Fluminense não responde (por Aloisio Senra)

Tricolores de sangue grená, não sou repórter, mas farei uma coluna hoje em formato de coletiva, endereçada a todos os responsáveis pela atual gestão do Fluminense, de Mário a Diniz, passando por Angioni e pelo preparador de goleiros, entre outros. Vamos a elas.

1 – Quem representa o Fluminense hoje de verdade nos bastidores e o que tem feito para evitar que essa rotação dos mesmos cinco árbitros (Luiz Flávio de Oliveira, Daronco, Klaus, Vuaden e Wilton Pereira Sampaio) apitem a maior parte das partidas do clube?

2 – A quem interessa manter na equipe jogadores que já demonstraram que não têm a menor condição de vestir a camisa do clube, independentemente de qualquer coisa, como Wellington, Cris Silva, William Bigode e afins? Na mesma toada, a quem interessa manter como primeira opção à substituição jogadores como Caio Paulista, que não parecem ter o mínimo de inteligência para serem jogadores de futebol numa equipe de ponta?

3 – O que Alexandre Jesus tem de tão especial para furar a fila e passar à frente de outros atletas da base que têm muito mais potencial que ele? Novo caso Gustavo Apis?

4 – Quantas vezes Fábio terá que falhar para ser barrado, considerando que Marcos Felipe ainda não teve falhas esse ano e continua na reserva?

5 – Por que o plano de sócio futebol que era R$ 35,00 sofreu um aumento de 40% de uma só vez, mas o desconto no ingresso aumentou apenas 10%, sem qualquer outra vantagem aparente? É esse o tratamento que sócios que estão há uma década investindo seu dinheiro no clube merecem?

6 – Considerando que não temos substituto imediato para o Luiz Henrique, qual a razão da diretoria pensar em vender Michel Araújo, um jogador que pode vir a substituí-lo, se bem trabalhado?

7 – Falando em substitutos, por que absolutamente NADA é feito em relação à posição das reservas de Ganso e Cano, jogadores que, caso se machuquem ou sejam suspensos, deixam um vácuo técnico na equipe? Se não há dinheiro para contratar, onde está o trabalho com a base, que já deveria estar a esse momento sendo fomentado? Artur e Samuel Granada, possíveis substitutos para estas posições, quando veremos ganhando chances?

8 – E falando em reposição, vamos continuar ignorando que as laterais são um problema e preterindo a base?

9 – Até quando os gestores do Fluminense, de Mário ao Diniz, vão fingir que todos esses problemas não estão acontecendo e que está tudo bem?

10 – Minha pergunta final vai para a torcida: até quando vamos passar pano para derrotas ridículas como a desse sábado e não cobrar a resposta para todas as perguntas acima?

Cartas para a redação.

Curtas:

– É inegável que o time é bem treinado pelo Diniz e tem muito potencial. O resultado espetacular sobre o Atlético-MG no Maracanã tem que ser exaltado, mas não pode servir de muleta para o resto do ano. É verdade que o time ficou com 10 durante boa parte do jogo, mas o adversário era inferior e não soubemos mudar o modo de jogar para ao menos tentar empatar. Perdemos as chances que criamos e isso não pode mais acontecer.

– Boa parte das perguntas da coluna infelizmente já tem uma resposta, mas que é desconhecida por boa parte da torcida, principalmente pelo fã-clube do atual presidente (ou não). Para alguns, que conhecem os bastidores do clube, as perguntas serão retóricas. Para os que apóiam a situação, serão “politicagem” da minha parte. Para os tricolores que não estão em nenhum desses nichos, fica a reflexão.

– Apesar de tudo, acredito que o Fluminense ainda tenha condição de conseguir duas vitórias contra América-MG e Avaí e partir pro jogo contra o Botafogo bem melhor posicionado na tabela. Vai depender, é claro, das circunstâncias dessas partidas. A arbitragem, como vimos, pode pôr tudo a perder se não estivermos preparados para ela. Se David Braz vestisse o trapo rubro-negro, provavelmente tomaria amarelo e não vermelho. Olho vivo.

– Sócio, não deixe a discussão sobre o voto online morrer. Nada do que o presidente do Fluminense disser invalida as promessas que ele fez. Jogar a responsabilidade para o Conselho Deliberativo sem mencionar que quase todas as cadeiras são dos que apóiam a sua gestão é canalhice. Não caia nessa.

– Palpites para as próximas partidas: América-MG 0 x 2 Fluminense; Fluminense 3 x 0 Avaí.

3 Comments

  1. A depender da emissora ou jornal que trabalhasse, essas perguntas o encaminharia ao departamento de pessoal.
    Para mim o Fluminense nem é 8, nem 80.
    Ou seja, não é aquele Liverpool que venceu o Galo, nem aquele Íbis que perdeu para o Goianiense.
    É apenas medíocre, só isso. No sentido da palavra mesmo.

  2. FLUMINENSE é um conjunto de erros, não temos respostas para essas perguntas

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