Parabéns Washington, Coração Valente!

washington coração valente

Você já viu muitas comemorações de arrepiar quando se trata de Fluminense. Pode pensar nos pulinhos de Assis e Washington, na solitária corrida heroica de Renato em 1995, na garra de Flávio em 1969 e até imaginar como deve ter sido para Barthô nos 3 a 2 sobre a Gávea em 1912.

Mas poucas imagens têm a força desta publicada acima.

Washington encerrou a carreira como campeão brasileiro pelo Fluminense. Antes disso, foi figura marcante no time que encantou a América em 2008. Num dos maiores jogos da história do clube, ele foi o protagonista e ali marcou sua passagem para sempre com as nossas cores, naquele 21 de maio de 2008.

Em casa, golpeado pela morte de meu pai uma hora antes daquele Fluminense x São Paulo decisivo pela Libertadores, eu não vi aquela partida. Não olhei para a televisão mas ela estava ligada. Quando saiu o gol tido como impossível, na cabeçada fantástica que tirou o tricampeão mundial daquela competição, Renato se jogou em campo feito uma criança, três milhões de tricolores explodiram no Maracanã e pelo mundo afora, enquanto no mais completo silêncio de dor eu senti um momento de paz. Washington fez a homenagem mais justa que Helio Andel merecia.

O Coração Valente nunca jogou uma partida sem garra, nunca comemorou um gol sequer sem a mais pura emoção, foi body and soul dentro dos gramados, inclusive superando o próprio risco de morte depois de uma intervenção cardiológica que poderia ter lhe custado a carreira – mas ele nunca se acovardou diante das intempéries.

Hoje, primeiro de abril, Washington Coração Valente faz 41 anos. Mas já tem dois mil de Fluminense: com aqueles gols, aquela vitória contra o São Paulo e aquele título de 2010, ele já fincou lugar na eternidade há muito tempo.

@pauloandel