O viés de alta tricolor (por Paulo Rocha)

Embalado pelos últimos resultados e com a confiança em alta, o Fluminense tem mais um jogo-chave pelo Brasileirão nesta quarta-feira: em Salvador, pega o ameaçado Bahia. Confronto difícil; será preciso Inteligência para suportar a pressão inicial e utilizar o nervosismo do adversário como uma arma a mais.

O Flu que queremos ver em campo na Fonte Nova é o mesmo da expressiva vitória de 3 a 0 sobre o Goiás. Não pelo placar em si, que poderia ter sido mais elástico, mas pela atuação convincente da equipe, sobretudo no primeiro tempo.

Para surpresa de muitos, inclusive a minha, Nenê e Fred juntos deram caldo. Inclusive com o time marcando alto. Que seja mantida não só a escalação, (exceção à volta de Yago na vaga de Hudson para fazer dupla com Martinelli) mas também o desempenho, a pegada.

O quinto lugar na tabela nos credencia a voos mais altos. A vaga na fase de grupos da Libertadores está ao alcance das mãos tricolores. Será muito importante para que o planejamento vingue. Não haverá muito tempo para preparação, aliás, quase nenhum.

Tomara que o bom futebol continue. As vitórias, que vinham sendo fruto de lances esporádicos e ou de erros dos adversários, precisam coroar um bom rendimento da equipe. A torcida espera que o Fluminense siga nesse viés de alta. E ela merece.

Para encerrar: eu não relacionaria mais Marcos Paulo para nenhuma partida. Não assinou pré-contrato com o Atlético de Madri? Vai dar a vida pelo Flu nesses meses que ainda ficará por aqui? Duvido. Há algo nessa história que não está bem contado…

O Fluminense só não vai sair de mãos abanando da história em razão daquela grana da Fifa que nem sabíamos que existia, o tal de “training compensation” – algo em torno de R$ 3 milhões. Sinceramente: pelo que considero o jogador, acho até que estamos no lucro. A bobeira, enorme, foi não tê-lo vendido antes.