O que é que o Bahia tem? (por Marcus Vinicius Caldeira)

Nada! Ou muito pouco.

O Esporte Clube Bahia de hoje é um time muito fraco e recheado de renegados vindos de outros times, tais como Marcelo Lomba, Titi, Kleberson e Sousa. O time de Salvador encontra-se na décima-oitava posição – portanto, na zona de rebaixamento – e venceu apenas uma vez neste campeonato, tendo sido derrotado quatro vezes, configurando um aproveitamento pífio de apenas vinte e cinco por cento de pontos conquistados. Sua defesa levou doze gols e seu ataque marcou apenas sete vezes, sendo um dos piores ataques do campeonato.

Ou seja, é para o Fluminense entrar no Engenhão logo mais e resolver o jogo para somarmos mais três pontos no campeonato. Mas é justamente aí que mora o perigo. Não sei quando isso começou, mas o Fluminense tem a vocação para entregar jogos fáceis na proporção direta que tem para tornar o que parece impossível algo plausível. Quando entra como favorito é um “Deus nos acuda”. Incrível. Prefiro mil vezes o Fluminense entrando para o jogo sabendo que a tarefa é árdua do que sendo apontado como o franco favorito.

Não custa lembrar que o Bahia, ano passado, nos tirou seis pontos que contribuíram, e muito, para que não conquistássemos o título (a diferença final para o campeão foi de oito pontos). Portanto, por mais que o jogo pareça ser fácil eu espero sinceramente que o Fluminense entre “mordendo” desde o início e faça logo o resultado sem dar sustos na torcida.

Com a volta de Deco e entrada de Wellington Nem desde o início, o time entrará em campo completíssimo. Nosso quadrado fenomenal de ataque estará em campo: os dois citados acima, mais Fred e Thiago Neves. Nosso paredão, Diego Cavalieri, deverá estar em campo, também.

Além disso, o Bahia jogará com muitos desfalques. Souza e Fahel, suspensos. Gabriel, Coelho, Elias e Madson, machucados. Ávine e Jéferson, ainda em recuperação de lesão; Ciro fica de fora por questões contratuais. Como se não bastasse este cenário todo para mostrar a nossa obrigação em vencer, enquanto eu escrevia estas mal-traçadas linhas, Atlético Mineiro e Vasco da Gama venciam os seus jogos. Ou seja, uma derrota nos afasta dos líderes em termos de pontuação. É vencer ou vencer.

Com todo respeito ao Bahia, um dos poucos clubes fora do eixo (RJ, SP, MG e RS) a conquistar um campeonato brasileiro e a sua torcida fanática na boa terra, é preciso reconhecer que a luta do clube baiano é contra o rebaixamento, infelizmente.

Portanto, Abel, Deco, Fred e cia: “Entrem mordidos para ganhar o jogo.”

A vitória, logo mais, não será apenas fundamental. É imperativa!

Marcus Vinicius Caldeira
@mvinicaldeira

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2 Comments

  1. Esse será o grande diferencial em relação ao ano passado e que nos levará ao título: Não perder para nanicos.

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