O Fluminense e o choque de realidade no fim da mini campanha pelo G-6 (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, eu confesso que cumpri meia promessa na partida entre Palmeiras e Fluminense. Não deixei de assistir à partida, muito menos de torcer, mas fiz de forma meio blasé.

Na companhia de meia dúzia de amigos tricolores, meus momentos mais intensos foram os de irritação, que não foram raros. Juntando a incapacidade do Fluminense de criar oportunidades contra um Palmeiras todo desfigurado com uma arbitragem absolutamente tendenciosa, que anulou um gol legal e deixou de marcar um pênalti a nosso favor, temos um pacote completo de contrariedades.

O problema de, faltando alguns instantes para o jogo, descobrir que o Fred não jogaria não é a ausência do Fred, mas o fato de em seu lugar entrar o Felipe Cardozo. O problema maior, no entanto, é quando você não acredita mais no trabalho. Eu desisti.

O Fluminense, como de costume, até conseguiu alguma imposição tática, mas falta qualidade técnica para dar consistência a qualquer proposta tática. Algumas coisas que tenho dito reiteradamente não são negociáveis. Falta compromisso com a essência do Fluminense.

O mesmo mini campeonato pelo G-6 que nos levou ao G-4 e ao sonho da liderança, nos trouxe à oitava colocação, ainda dentro do G-8 de elite, mas o jogo contra o Palmeiras mostra que corremos sério risco de ficar para trás.

Estamos na elite por mérito, mas também somos o último pelos nossos méritos próprios, pela falta total de propósito esportivo do clube, problema que vem de longe e está longe de ser resolvido, pelo menos enquanto nossa torcida continuar tomada pela falta de informação e conhecimento do que é o ambiente competitivo do futebol nos dias atuais.

Não fazer uma análise específica do jogo não é algo que, no meu entender, signifique uma falha. Na verdade, é algo, ainda no meu entendimento, desnecessário. Já analisamos jogos e mais jogos aqui, mas o que faz com que cada jogo tenha suas peculiaridades é uma conjuntura.

Estivemos muito perto de assumir uma briga até pelo título brasileiro, mas a conjuntura puxa para trás, não tem jeito. E agora ainda tem arbitragem contra, algo que raramente presenciáramos esse ano.

Eu espero que os amigos e amigas aqui do Panorama não fiquem ressentidos comigo. Chega um ponto em que a gente não tem mais nada a dizer sobre um assunto. É aquele momento em que tudo já foi dito.

O que faz o Miguel no Fluminense?

Poderia estar no Sub-20 ou no Sub-23 aprimorando suas habilidades em batalha, mas está escondido no banco de reservas. Quantos minutos jogou o Miguel nesse Campeonato Brasileiro?

Eu ouço dizer que o problema do Odair é querer ficar bem com todo mundo. Alguém realmente acredita que isso é possível?

Alguém consegue explicar a nova obsessão do Fluminense, que é prorrogar o vínculo com Hudson?

E ainda crucificam o Dodi por querer ganhar algo um pouco mais próximo daqueles por quem tem que correr em campo?

Não dá para analisar o Fluminense só pelo campo. O problema do Fluminense é político. É preciso mudar a política. Se ousarmos acreditar mais uma vez em messias, e não em projetos, sucumbiremos em breve.

Vou seguir a boa cartilha de quem quer mudar as coisas. Colocarei os jogos em segundo plano e dedicarei meu tempo, que entrego gratuitamente a vocês e ao Fluminense, para falar da conjuntura, porque é ela que produz o que temos visto.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

 

1 Comments

  1. Infelizmente o torcedor de massa resiste a se conscientizar diante dos riscos que o clube se vê ameaçado, e os mandatários do clube desde o tempo do Horcades (no mínimo!) fomentam isso.

    Isso fica claro quando reclamam do time que está em campo, mas não questionam a mentalidade de exportador de capital humano que simboliza o clube no século XXI, ou da não adesão à lei do mandate, cuja MP recentemente caducou.

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