Normal (por Walace Cestari)

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E não é que se fala novamente em Libertadores no Laranjal? Depois de duas boas apresentações, com vitórias no finzinho dos jogos e demonstração de muita vontade, o espírito guerreiro foi visto rondando novamente a eterna camisa tricolor. É claro que, nesta salada, há generosas pitadas de otimismo e ufanismo torcedor.

Em verdade, vivemos o momento positivo de nossa oscilação no campeonato. Aliás, vivemos outros períodos semelhantes, que foram seguidos por atuações medianas até chegarmos a algumas bem desastrosas apresentações.

O comportamento das equipes em um campeonato de pontos corridos é repleto desses altos e baixos. A diferença de posição que vão ocupar ao final diz respeito a manter mais momentos positivos e não permitir que as “baixas” sejam muito agudas ou tornem-se crônicas. Claro, que, dessa forma parece bem fácil planejar ser campeão.

Isso tudo apenas quer dizer que não há de se ter uma empolgação severa, que não houve “a virada do fio” ou que estamos em uma arrancada histórica rumo ao título. Desde o começo, brigávamos na parte de cima da tabela e, em momento algum, abandonamos essa parte da tabela. Dentro do G4, próximos ao G4, não importa, disputamos hoje, o que disputávamos há dois meses.

Por isso, é fundamental que não sejamos bipolares em nossas avaliações. O time apresentou queda de rendimento e uma preguiça de dar dó nos últimos meses. Diziam sobre falta de pagamentos, renovações e outros problemas financeiros. Coincidência ou não, as notícias dão conta de acertos financeiros e renovação com o patrocínio, o mesmo momento em que vemos a subida de produção da equipe.

No fundo, não acho que essas informações passem ao largo das atuações, mas, por outro lado, não acredito que elas sejam determinantes para atuações ruins ou atuações guerreiras da equipe. Cristóvão acertou e errou nesses meses, mas fundamentalmente percebeu que a equipe havia caído de produção e tentou. Por mais que algumas tentativas tenham sido incompreensíveis a nossos olhos ou mesmo distoantes de qualquer bom senso futebolísitico, nosso treinador mostrou que buscava alternativas. Acho sempre isso positivo.

Entretanto, é fundamental reconhecer dentro de nosso elenco a atitude de alguns atletas. Wagner, nos bons ou maus momentos do time, foi sempre um leão em campo, com uma entrega extraordinária. Conca, que passou um tempo afastado de seu melhor futebol, não deixou de tentar jamais e apresentou-se como maestro para o jogo, ainda que estivesse desafinado. Os garotos Marlon e Rafinha (entre outros) mostraram potencial e comprometimento, o que nos enche de esperança para o futuro.

Além disso, vale ressaltar que muitos jogaram o que vinham jogando, sem tanta diferença. Talvez tenhamos nos acostumado e eles tenham se acomodado à situação da equipe. O que não significa descompromisso. Bruno continuou jogando o de sempre e o mesmo vale para Jean e até mesmo para Carlinhos (ou alguém já o considerou um ícone de garra, luta e dedicação?).

Vale torcer, pois há chance real de voltarmos a Libertadores. Os outros clubes também passam por seus altos e baixos e há grande possibilidade de que nossa “alta” coincida com a “baixa” de algum de nossos concorrentes diretos. Esperemos manter o máximo possível de nossa boa fase, para podermos sonhar com títulos em 2015.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: google/nd

2 Comments

  1. Não só vale a pena torcer pela vaga da libertadores como também torcer pelo título, mesmo que as chances sejam pequenas…. O FLUMINENSE sempre luta contra a matemática e, sai vencend

  2. Esperamos que a alta continue nestas últimas rodadas. A vantagem é que jogaremos apenas uma vez por semana e aí, o preparo físico poderá fazer a diferença. ST

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