Medo do futuro (por Ise Cavalieri)

Na semana que antecedeu a segunda final do campeonato carioca, comentei que no futebol do Rio de Janeiro não era possível ter amizade, coirmandade nem nada do tipo. Aqui, é dessa forma que funciona, com isso vemos os times dos estados afora crescendo, enquanto os clubes cariocas permanecem na mesmice.

Por que eu disse isso?

Vale lembrar da quebra de acordo nas finais de 2017, onde o valor dos ingressos deveriam ser os mesmos, além de login obrigatório no site do rival, sócios enfrentando filas de espera no mesmo, taxa de conveniência abusiva. Além do próprio clube incentivando seus torcedores à compra do setor destinado ao Fluminense. Uma total falta de respeito.

Clássico seguinte, Vasco da Gama resolve por os preços nas alturas, além do baixíssimo número de ingressos destinado à nossa torcida (embora a parte da capacidade até justifique). Muito me admira o Botafogo ainda não ter nos passado pra trás também. Vai ver é só falta de oportunidade…

Essa semana, a diretoria mais uma vez mostrou sua necessidade de ser feita de trouxa. Até onde vai essa parceria com o Flamengo, onde um diz respeitar o projeto do outro em busca de um estádio próprio? Um clube que mostrou não respeitar nem um simples acordo de valores de ingressos seria mesmo confiável quando se trata de um estádio? Será que essa parceria trará – ou traria -benefícios iguais para os dois clubes?

Lembrando das inúmeras tentativas de administrarem sozinhos o Maracanã e o fato de já tentarem atravessar nossa negociação pelo Parque Olímpico e… o Fluminense sempre “bondoso” tenta sempre não se indispor com o rival. Parece até piada, de mau gosto por sinal. Tínhamos alguém que lutou pelo nosso sonho do centro de treinamento e que lutaria pelo nosso sonho do estádio, simplesmente dispensado sem explicação ao menos convincente.

América RJ, Portuguesa SP… Vendo o que uma má administração é capaz, o medo do futuro só aumenta.

Ahhh Fluminense, o que estão fazendo com você?

Dói vê-lo jogado dessa forma: dívidas com jogos, contratações que não acontecem, sem sinal de patrocínio master; um presidente quase inexistente, guiado por quem parece não querer que o clube ande pra frente; os que lutam por nós, sendo “escorraçados”; os rivais nos passando sempre pra trás e o pior, com a nossa permissão.

Pior do que qualquer trapaça de rival é ser ocasionalmente prejudicado por aqueles que nos comandam.

Onde iremos parar?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: ise

7 Comments

  1. Ocasionalmente prejudicado?

    A gestão Flusócio está ASSASSINANDO o Fluminense F.C.

    Cabe a torcida tomar as providências cabíveis o quanto antes.

    A FluFest pode ser uma ótima oportunidade para isso… Um grande protesto na hora da festa desmoralizaria essa gestão e poderia ser o início de uma real mudança dentro do clube.

  2. Não querendo ser mais chato ainda, sempre torci pelo Flu, desde garotinho. Vi jornadas tricolores memoráveis no Maraca, Engenhão, Laranjeiras, São Januário, etc., mas lembro de vexames monstruosos como a série C e eliminação para América de Natal. Sou tricolor apaixonado mas tento, por conta da paixão, não prejudicá-lo ainda mais, com posições que possam piorar a situação. Pedro Antônio nos enganou, não era um mecenas sem interesses. E, ruim com Abad, pior com os outros dois.

  3. Resumindo, não devemos ficar inertes em relação ao q acontece no clube mas dificultar o trabalho do Abad só servirá p/dar força aos 2 candidatos derrotados, q nunca quiseram o bem do Flu, sempre olharam p/o próprio umbigo. E nas próximas eleições, procurar um candidato q não seja da Flusócio, e q represente o q o Flu precisa. Peq. príncipes ou titios ricos acabam sempre prejudicando o clube. Lembre-se q não é fácil administrar um clube quase falido e ao mesmo tempo combater a mídia Global.

  4. O Tio Celso quebrou a Unimed e tb está quebrado, talvez até seja preso por fraude contábil. Iniciou vários processos contra o Flu tentando reaver um dinheiro a q a Unimed teria direito, fez tudo para prejudicar o Flu após a Unimed sair, como esse cara poderia ser presidente? Queria contratar Tiago Neves, Sóbis, Maicon, esquecendo-se q não há dinheiro e q esses jogadores estão mais velhos e menos produtivos. Iguais a Maicon, temos pelo menos dois q vieram da base. Abad foi o q nos restou.

  5. Não achei misteriosa a saída do Pedro Antônio, ele quis ser uma espécie de poder absoluto dentro do Flu, preparar a sua candidatura para 2019. É claro que o Abad não poderia concordar com isso, perderia totalmente a sua autoridade como presidente. Não votei no Abad mas reconheço que os outros candidatos eram piores. O pequeno príncipe teve participação na orgia de compra de jogadores medíocres com salários altos e contratos longos, além de ter exposto o Flu naquela apresentação ridícula no STJD.

  6. Criatividade na aquisição de jogadores, exige um mínimo de dinheiro. Lembre-se que o Profut não admite o atraso de salários, inclusive do direito de imagem. Comprar um jogador meia boca em troca do risco de ser penalizado pelo Profut é um risco que não se deve correr. Alguns lembram dos troca-trocas de Horta mas naquela época o Flu estava em uma situação bem melhor que hj, basta lembrar-se da aquisição de Rivelino. Não querem que venda jogadores mas querem que construa o estádio e terminem o CT.

  7. Ise, o que vc queria após 12 anos de gestões calamitosas? O cara herdou uma tragédia em forma de clube de futebol. Deveríamos ter a mesma paciência que tivemos com os presidentes anteriores. Não se faz milagre sem dinheiro, tendo prejuízo todos os meses. É claro que o atual presidente teve alguma participação na gestão Peter Siemsem, mas sabemos que presidente de conselho, apesar de ser do grupo dominante, é uma rainha da Inglaterra. Quem domina é o grupo que detém a maioria dos conselheiros.

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