Marcão, sem saber o que fazer (por Felipe Fleury)

Mais triste que a atuação desastrosa de ontem, foi ver Marcão à beira do campo, desesperado, despreparado, dorido, querendo, mas sem saber o que fazer.

Marcão é Tricolor, querido pela torcida, funcionário leal do Fluminense e cumpridor de seus deveres. O auxiliar-técnico que, vez por outra, virava interino, até a contratação de um novo treinador. Um quebra-galho.

Essa é a sua função. Mas Marcão foi mordido pela mosca azul. A culpa é dele? Não, claro que não. Todo homem tem o direito de sonhar, de ter ambição, e dois os três bons resultados e um convite o fizeram acreditar que chegara a sua “hora”.

A responsabilidade, no entanto, é muito maior de quem fez o convite, e o efetivou como técnico do Fluminense, num momento difícil, em que o time briga contra um rebaixamento. O que teria passado na cabeça vazia dos gestores do Fluminense? Que Marcão seria a solução?

O pior é que parte da torcida encampou essa epifania.

O Fluminense tem sido uma sucessão de equívocos há anos. Marcão é apenas mais um deles. Uma escolha temerária, um erro grave, que pode culminar no rebaixamento Tricolor.

Erros como a escolha de Oswaldinho, que só pode ser atribuída a quem nada entende de futebol.

O Fluminense é um barco à deriva, comandado por gestores ineptos. A esperança se esvai a pouco e pouco, menos pela iminência do rebaixamento do que pela absoluta incapacidade de reação.

A dez rodadas do fim da competição, o Fluminense precisa tirar forças, não se sabe de onde, para sobreviver. Com salários atrasados, um técnico improvisado e uma diretoria incompetente, o que fazer?

Estamos à beira do caos, que precisa ser evitado a qualquer custo. Cair para a segunda divisão pode significar o fim, ou o princípio dele. É preciso agir ou reagir, ainda que se opte pela quarta mudança no comando técnico na temporada.

Qualquer um escolhido por alguém que entenda de futebol – deve haver alguém na gestão com esse perfil -, que se possa chamar de “técnico profissional”. Um salvador da pátria mesmo, não há como nomear de outro modo.

Bateu o desespero, é preciso agir como desesperado. O tempo da calma já passou. Estamos nos acréscimos e a bola precisa ser chutada para a área para ver se alguém cabeceia e faz o gol da salvação. Não há outro jeito.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

1 Comments

  1. Caro Felipe, é muito triste quando apesar de falarmos tais coisas não deixamos de ter razão. A eleição do MB e a indicação do Angioni soou a mais do mesmo, nihil novis sub solis. A vice para o Tio Celso, entretanto, já é diferente. Sem o dinheiro da Unimed sobrou apenas o cara que quebrou a Unimed. Vaidoso, caprichoso e egocêntrico, apto para quebrar o Fluminense de vez. O simples, mas competente Ricardo Tenório, foi o único entre esses figurões que se apresentou com trabalho positivo feito…

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